
A seguradora reduziu a 25% os investimentos imobiliários em Portugal, para ter mais rentabilidade, eficiência e diversificação
A seguradora reduziu a 25% os investimentos imobiliários em Portugal, para ter mais rentabilidade, eficiência e diversificação
Jornalista
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A grande fatia de investimento imobiliário da Fidelidade (75%) está fora de Portugal. “Um quarto dos nossos investimentos está em Portugal e os restantes em outras geografias, como Japão, Bélgica ou Inglaterra”, diz Rogério Campos Henriques. Uma deriva face ao que existia antes de a seguradora ser comprada pela Fosun. “A Fidelidade no pós-privatização tornou-se um investidor global não só face ao imobiliário como em outras classes de ativos. Passou a investir em geografias e sectores com mais rentabilidade”, diz o CEO.
“A Fidelidade tinha ativos com muitas décadas em várias áreas. Era pouco eficiente gerir da forma como estávamos a fazer. Não estamos vocacionados para gerir milhares de frações espalhadas pelo país”, admite Rogério Campos Henriques. Sobre a grande operação de venda de imóveis que gerou polémica e acusações de atuação pouco ética, recusa culpas: “Não me revejo nessa definição. Houve sempre diálogo com todas as entidades sobre a operação em si, muitíssimo escrutinada. É um assunto resolvido. Houve recomposição dos ativos, mas continuamos a investir fortemente.” E dá um exemplo: “Não é por acaso que entretanto adquirimos os terrenos da Feira Popular, e temos um projeto de enormíssima dimensão face à escala de Lisboa.” Em Entrecampos está a ser construída também a nova sede do grupo, para concentrar todos os serviços. “A escavação já começou e, em 2024, será possível mudar.” O valor a que foi vendida a atual sede não foi divulgado.
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