Inflação sobe para 7,2% em abril, o valor mais alto desde 1993
Os produtos energéticos registaram um aumento de quase 27%, sendo a componente que mais pesa na inflação
Os produtos energéticos registaram um aumento de quase 27%, sendo a componente que mais pesa na inflação
Jornalista
A taxa de inflação de abril fixou-se nos 7,2%, mais 1,9 pontos percentuais do que a registada em março (5,3%), indica a primeira estimativa do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta sexta-feira. Energia foi a componente que mais pesou na inflação ao longo do mês.
A confirmar-se - os dados definitivos serão divulgados a 11 de maio - será a taxa mais elevada desde março de 1993.
A inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, registou uma variação de 5% em abril, quando comparada com o ano passado, já acima da variação em março. No mês passado, a variação homóloga foi de 3,8%, o que será o registo mais elevado desde 1995.
"Estima-se que a taxa de variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos se situe em 26,7% (19,8% no mês precedente), valor mais alto desde maio de 1985, enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados terá apresentado uma variação de 9,5% (5,8% em março)", indica ainda o gabinete estatístico.
Na variação em cadeia, o Índice de Preços do Consumidor aumentou 2,2% (2,5% em março e 0,4% em abril de 2021).
Quanto à variação média nos últimos doze meses, o INE indica que se situou em 2,8% (2,2% no mês anterior).
Por fim, no que diz respeito ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor - que permite a comparação da inflação entre vários países -, o valor registado foi de 7,4% (5,5% em março).
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