Economia

Presidente executivo da Galp admite que "o mercado petrolífero pode continuar apertado algum tempo"

Foto: Galp Energia
Foto: Galp Energia

Num encontro com a imprensa, o CEO da Galp, Andy Brown, alertou para a pressão que a Europa ainda enfrenta no mercado energético, não apenas no abastecimento de petróleo mas também no de gás natural

Presidente executivo da Galp admite que "o mercado petrolífero pode continuar apertado algum tempo"

Miguel Prado

Editor de Economia

O presidente executivo da Galp Energia, Andy Brown, admite que a nível global, "o mercado petrolífero pode continuar apertado por algum tempo e os preços elevados também".

Num encontro com a imprensa esta quarta-feira, na sede da Galp, em Lisboa, o gestor analisou a presente conjuntura do setor energético, à luz da guerra na Ucrânia, lembrando que os "stocks" ainda "são baixos" e houve países a libertar reservas estratégicas para responder à elevada dependência europeia de produtos petrolíferos russos.

Lembrando que "a Rússia é um grande exportador de gasóleo", fornecendo "cerca de 12% do consumo europeu de gasóleo", Andy Brown sublinhou também o papel do mercado russo no abastecimento de produtos como o "gasóleo de vácuo", que a Galp importava da Rússia, tendo-se comprometido a deixar de o fazer.

Analisando a pressão da guerra na Ucrânia sobre o mercado energético, o CEO da Galp notou que "o gás [natural] é uma questão ainda mais importante".

"Para a Europa substituir o gás russo terá de encontrar alternativas noutros países. Temos de olhar para o gás natural liquefeito. Mas os projetos de liquefação do gás são dispendiosos e levam muitos anos a construir", alertou o gestor.

"Deveremos assistir a uma aceleração das indústrias verdes", no final desta crise, acrescentou Andy Brown.

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