Economia

Galp ainda não encontrou alternativa a gasóleo russo para maio e isso pode afetar refinaria de Sines

Foto: Galp Energia
Foto: Galp Energia

"Ainda não assegurámos o abastecimento [de VGO] para maio, e se não o conseguirmos fazer poderemos ter de reduzir um pouco a atividade na refinaria", admitiu o presidente executivo da Galp

Galp ainda não encontrou alternativa a gasóleo russo para maio e isso pode afetar refinaria de Sines

Miguel Prado

Editor de Economia

A Galp Energia já não importa gasóleo de vácuo (VGO) da Rússia há mais de um mês, mas ainda não encontrou alternativa a esse produto para o mês de maio, o que poderá afetar o funcionamento da refinaria de Sines, admitiu esta quarta-feira o presidente executivo (CEO) da Galp, Andy Brown.

"Ainda não assegurámos o abastecimento [de VGO] para maio, e se não o conseguirmos fazer poderemos ter de reduzir um pouco a atividade na refinaria", declarou o gestor num encontro com a imprensa, para analisar a situação atual do mercado energético.

Andy Brown notou que não há razão para "alarme" e que não faltará combustível em Portugal, mas reconheceu que a falta de alternativa no mercado ao VGO que a Galp importava da Rússia poderá levar a refinaria de Sines a temporariamente reduzir a sua produção.

O CEO da Galp considera que o volume a produzir em Sines chegará para o mercado doméstico, mas poderá limitar a capacidade de exportação da refinaria que a Galp tem no litoral alentejano.

No que respeita ao gás natural, Andy Brown sublinhou que a Galp tem trabalhado com o Governo para garantir soluções de diversificação das fontes de aprovisionamento, ao mesmo tempo que continuam os contratos de longo prazo com fornecedores como a Nigéria.

"Temos trabalhado ativamente com o Governo português para assegurar que os contratos de gás são cumpridos para garantirmos o nosso abastecimento", referiu o CEO da Galp aos jornalistas. "É bom termos diversidade de fontes de abastecimento", acrescentou.

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