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Salários da função pública perdem até 12,9% do poder de compra desde 2010

Salários da função pública perdem até 12,9% do poder de compra desde 2010

Aumento de 2022 é o segundo em 13 anos. Escalada da inflação em 2022 agrava deterioração salarial dos trabalhadores do Estado. Vencimentos mais baixos também perdem com congelamento, apesar da subida do salário mínimo

Salários da função pública perdem até 12,9% do poder de compra desde 2010

Cátia Mateus

Jornalista

Salários da função pública perdem até 12,9% do poder de compra desde 2010

Carlos Esteves

Jornalista infográfico

O chumbo da proposta inicial do Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022), em outubro do ano passado, não travou os aumentos previstos para a Função Pública para este ano. Em janeiro, os funcionários do Estado viram a sua remuneração base aumentar 0,9%, em linha com a inflação que o Governo tinha previsto para 2021, seguindo a regra definida na anterior legislatura. Além disso, os salário mais baixos subiram mais acompanhando o aumento do salário mínimo nacional para os 705 euros brutos mensais. Porém, este valor fica longe de compensar a perda de poder de compra acumulada em mais de uma década de congelamento da tabela remuneratória da função pública.

Mais ainda, a inflação em 2021 acabou por superar a estimativa do Governo atingindo 1,3% e este ano a escalada dos preços que já se sente deverá atingir os 3,7%, em termos de média anual, segundo a projeção do Executivo de António Costa na proposta de OE 2022 entregue esta quarta-feira. Um valor muito acima dos 0,9% que o Governo antecipava em outubro. Tudo somado, os cálculos do Expresso indicam que os funcionários públicos vão chegar a 2022 com perdas salariais, em termos reais, que atingem os 12,9%. E mesmo os salários mais baixos, que têm beneficiado da subida do salário mínimo nos últimos anos ou de atualizações específicas, perdem poder de compra.

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