Economia

Governo estima em €114 milhões os benefícios para os consumidores com o leilão de centrais solares flutuantes

Governo estima em €114 milhões os benefícios para os consumidores com o leilão de centrais solares flutuantes

Ministério do Ambiente confirmou resultados do primeiro leilão para centrais solares em albufeiras, notando que ele permitiu obter "a tarifa mais baixa do mundo" e gerar, globalmente, benefícios de 114 milhões de euros durante 15 anos

Governo estima em €114 milhões os benefícios para os consumidores com o leilão de centrais solares flutuantes

Miguel Prado

Editor de Economia

O Governo estima em 114 milhões de euros, ao longo de 15 anos, os benefícios globais para os consumidores de eletricidade do primeiro leilão português para centrais solares flutuantes, o que representará um benefício médio anual de 7,6 milhões de euros, num sistema elétrico cujos encargos anuais rondam os 5 a 6 mil milhões de euros.

Em comunicado, o Ministério do Ambiente defende que "o leilão solar flutuante revelou-se um sucesso, com Portugal a bater um novo recorde ao registar o mais baixo preço de energia mundial".

"No leilão eletrónico realizado ontem foram atribuídos 183 megawatts (MW), dos quais cerca de 56% foram adjudicados na modalidade de Contrato por Diferenças (103 MW) e os restantes por Compensação ao Sistema Elétrico Nacional (80 MW). Nesta última modalidade, existiram dois lotes com preço fixo. Um lote com preço de 41,03 euros/MWh e outro, que será a tarifa mais baixa do mundo, no valor de -4,13 euros/ MWh (equivalente a um desconto de 110 % à tarifa de referência fixada inicialmente pelo Governo). Esta tarifa é cerca de 137% inferior à tarifa mais baixa obtida no leilão solar de 2020, considerada à data a mais baixa do mundo (11,14 euros/ MWh)", refere o comunicado do Ministério do Ambiente.

Dos sete lotes a concurso um (o maior de todos, no Alqueva) foi ganho pela EDP Renováveis, três pela Finerge, outro pela Endesa e outro pela Voltalia. Houve ainda um lote (Castelo de Bode) que teve apenas um licitante, que, nos termos do programa do leilão, tem cinco dias úteis para fazer uma oferta de licitação melhorada. Caso essa oferta supere o valor médio das restantes ofertas nos outros lotes, essa empresa ficará com o lote em causa.

"Estes resultados preliminares encontram-se em período de audiência prévia dos interessados após o qual serão finais, podendo ainda ser acrescido o lote 2 (Castelo de Bode com 50 MW disponíveis) do concorrente único", nota o Ministério do Ambiente.

"Este é mais um passo na intensificação do aproveitamento dos recursos solares nacionais e na consolidação da aposta de fontes renováveis, que permitem reduzir a fatura energética, assim como diminuir a dependência energética de fontes não renováveis", acrescenta o comunicado.

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