Exclusivo

Economia

Desafios do Governo na energia: acelerar as renováveis vai ser uma guerra

João Galamba acumulará energia e ambiente
João Galamba acumulará energia e ambiente
ALBERTO FRIAS

Numa Europa em crise, a transição energética será chave para evitar ficar nas mãos de fornecedores de risco

Desafios do Governo na energia: acelerar as renováveis vai ser uma guerra

Miguel Prado

Editor de Economia

Com a saída de João Matos Fernandes, António Costa promoveu Duarte Cordeiro a ministro do Ambiente, mas a mudança de fundo em termos orgânicos foi concentrar em João Galamba a tutela da energia e do ambiente, que até hoje contavam com secretarias de Estado separadas. A opção dará a Galamba trabalho acrescido, na media­ção de interesses muitas vezes conflituantes, entre a vontade das empresas de energia de construir grandes projetos solares e eólicos e a oposição de organizações ambientalistas à ocupação do território por grandes centrais.

Francisco Ferreira, presidente da associação ambientalista Zero, já havia manifestado ao Expresso apreensão com a decisão do Governo de aglutinar num mesmo secretário de Estado (João Galamba) temas densos como água, resíduos, poluição e energia. Para as empresas de energia o casamento de Ambiente e Energia numa mesma pasta pode ser positivo, caso se traduza num alívio de entraves e na aceleração dos licenciamentos de projetos. “Assumindo a agregação da energia e do ambiente, o desafio é conseguir simplificar os procedimentos de licenciamento e chegar às metas do PNEC — Plano Nacional de Energia e Clima”, diz ao Expresso o presidente da Apren — Associação de Energias Renováveis, Pedro Amaral Jorge. “Não vai ser fácil. As duas pastas são muito exigentes”, acrescenta.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate