
Numa Europa em crise, a transição energética será chave para evitar ficar nas mãos de fornecedores de risco
Numa Europa em crise, a transição energética será chave para evitar ficar nas mãos de fornecedores de risco
Editor de Economia
Com a saída de João Matos Fernandes, António Costa promoveu Duarte Cordeiro a ministro do Ambiente, mas a mudança de fundo em termos orgânicos foi concentrar em João Galamba a tutela da energia e do ambiente, que até hoje contavam com secretarias de Estado separadas. A opção dará a Galamba trabalho acrescido, na mediação de interesses muitas vezes conflituantes, entre a vontade das empresas de energia de construir grandes projetos solares e eólicos e a oposição de organizações ambientalistas à ocupação do território por grandes centrais.
Francisco Ferreira, presidente da associação ambientalista Zero, já havia manifestado ao Expresso apreensão com a decisão do Governo de aglutinar num mesmo secretário de Estado (João Galamba) temas densos como água, resíduos, poluição e energia. Para as empresas de energia o casamento de Ambiente e Energia numa mesma pasta pode ser positivo, caso se traduza num alívio de entraves e na aceleração dos licenciamentos de projetos. “Assumindo a agregação da energia e do ambiente, o desafio é conseguir simplificar os procedimentos de licenciamento e chegar às metas do PNEC — Plano Nacional de Energia e Clima”, diz ao Expresso o presidente da Apren — Associação de Energias Renováveis, Pedro Amaral Jorge. “Não vai ser fácil. As duas pastas são muito exigentes”, acrescenta.
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