Economia

Aumento dos preços da energia deixa pepino britânico em crise

Aumento dos preços da energia deixa pepino britânico em crise
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Do pepino ao tomate, no Reino Unido não há dinheiro para manter as estufas quentes. Por toda a Europa o aumento dos custos de energia e de matérias-primas tem feito várias indústrias parar

Em Inglaterra há grandes estufas, conhecidas por cultivar o pepino britânico, completamente vazias. A culpa é do aumento dos preços da energia, que impede o proprietário de usar calor para o cultivo, relata a "Reuters".

Além do pepino, alguns produtores deixaram de plantar beringelas, tomates e pimentos. Esta é apenas uma pequena amostra do impacto que a crise de energia, associada à invasão da Ucrânia pela Rússia, está a ter no abastecimento de alimentos em todo o mundo, com a produção global de grãos e óleos alimentares já sob ameaça.

Mas este tipo de paragem não chegou apenas à alimentação. Por toda a Europa o aumento exponencial dos custos de energia e de matérias-primas tem feito várias indústrias parar e apelar a apoios, como é o caso da indústria siderúrgica. Em Portugal a cerâmica e o têxtil foram já afetados, por exemplo.

Tudo isto junta-se à inflação que já vinha a aumentar em 2021 e que tem atingindo valores históricos em vários países europeus.

Tomando como exemplo o pepino, no Reino Unido este custava 0,25 libras para produzir, valor que agora aumentou para 0,7 libras. Porém, o preço de venda ao público no início desta semana não chegava a 0,5 libras (por um pepino de tamanho médio).

Segundo a "Reuters", a União Nacional dos Agricultores diz que o Reino Unido está a caminhar para uma crise de segurança alimentar - preocupação que se tem levantado Europa fora.

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