
Portugal é um dos países mais desiguais da Europa quer na distribuição do rendimento quer da riqueza. Trabalhadores por conta própria e licenciados são os mais ricos. Especialistas defendem imposto sucessório e valorização dos salários
Portugal é um dos países mais desiguais da Europa quer na distribuição do rendimento quer da riqueza. Trabalhadores por conta própria e licenciados são os mais ricos. Especialistas defendem imposto sucessório e valorização dos salários
Se lhe dissermos que Portugal é um país muito desigual, com muita riqueza concentrada num número reduzido de famílias, não vai ficar espantado. É do conhecimento geral que, por cá, há muitos com pouco e poucos com muito dinheiro. Mas, se começarmos a traduzir esta perceção em números, a realidade é mais impressionante. Por exemplo, por cá, os 10% que estão no topo da escala, concentram quase 25% de todo o rendimento do país. Se deixarmos o fluxo de dinheiro e olharmos para o património acumulado, a disparidade é maior ainda: os 5% mais ricos em Portugal têm nas suas mãos 42% de toda a riqueza. Num caso somos o quinto país mais desigual da União Europeia, no outro o quinto mais desigual da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico, um universo mais alargado de países. Como sair desta espiral? Educação, valorização dos salários e da contratação coletiva, reforço das prestações sociais, mais progressividade fiscal e recuperar o imposto sucessório são caminhos apontados pelos especialistas ouvidos pelo Expresso.
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