Em cada dia no início deste ano saíam e entravam nos bancos nacionais 2 milhões de euros com destino ou origem, respetivamente, em bancos russos. Com a exclusão de sete bancos russos da rede internacional de mensagens financeiras SWIFT, o montante afundou-se: a média diária cedeu para 700 mil euros. Uma quebra de 65%.
Os números foram apurados pelo Expresso junto de fonte conhecedora das transações do sistema, e mostram os efeitos da retirada dos bancos daquela rede que assegura a grande parte das operações financeiras no mundo. A exclusão foi determinada pela União Europeia.
De acordo com os números obtidos pelo Expresso, entre 1 de janeiro e 24 de fevereiro, o valor das operações que foram enviadas e recebidas pelos bancos nacionais relativamente a contrapartes russas ascendeu a 79 milhões de euros. A média diária é de 2 milhões de euros, que representa uma parcela muito reduzida de 0,03% do movimento total da componente nacional.
Entre 25 e 11 de março, quando já havia invasão russa e se antecipavam medidas restritivas mais duras, começou logo a sentir-se uma diminuição de transações, com uma média diária de 1,4 milhões de euros, num valor conjunto de 15,15 milhões de euros.
Após a exclusão do SWIFT dos sete bancos russos (mais sete subsidiárias), período que soma apenas três dias (14 a 16 de março), o valor destas operações reduziu-se para 2 milhões de euros, numa média diária de 700 mil euros.
Continua a haver operações de Portugal para a Rússia porque há bancos russos que não estão excluídos desta rede e que, portanto, podem continuar a ser protagonistas nas transações apesar das sanções impostas aos seus concorrentes.
Em relação às ligações da Rússia com Portugal, e como já adiantado pelo Expresso, as sanções impostas pela União Europeia acabaram por congelar as contas de 700 cidadãos e empresas russas, sendo que apanharam apenas 242 euros num banco português (cuja identidade não foi possível apurar).
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