Uma delegação da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), encabeçada liderada pelo secretário geral, Luís Mira, participa, no próximo domingo, 20 de março, numa manifestação que juntará, nas ruas de Madrid, organizações representativas do setor agroflorestal de toda a Península Ibérica.
Trata-se de uma manifestação que começou por ser agendada em dezembro do ano passado, totalmente orientada para o apoio ao mundo rural, mas que agora ganha uma dinâmica acrescida numa altura em que a guerra na Ucrânia pôs a descoberto as fragilidades do sistema de abastecimento de matérias-primas básicas em vários países europeus.
Dar dimensão ibérica ao protesto de Madrid
A participação da CAP nesta manifestação acaba por dar uma dimensão ibérica ao protesto, em que se pretende destacar o caráter estratégico da profissão agrícola e pecuária e das demais atividades relacionadas, tanto na hora de produzir alimentos de qualidade, diversos, saudáveis, seguros e a preços acessíveis, como na conservação e proteção do meio ambiente, da paisagem natural e da biodiversidade, e também no desenvolvimento económico e social do meio rural, que ocupa cerca de 85% de todo o território.
Luís Mira diz que “a CAP junta-se, solidária com a situação exigente que o setor atravessa, à sua congénere espanhola e a dezenas de associações agrícolas e representativas do mundo rural numa demonstração de apoio à produção que terá grande expressão pública”.
Aquele dirigente conclui, dizendo que “somos países vizinhos e a Espanha é o nosso principal parceiro comercial. Já vínhamos a ser penalizados por causa da pandemia e da inflação crescente e ambos sofremos de uma seca extrema, gravíssima, cujos impactos não foram encarados com medidas adequadas por parte dos nossos dois países. Em cima deste cenário exigente, estamos em guerra, com um brutal aumento dos preços das matérias-primas, da energia e dos combustíveis.”
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