Economia

Sonae sobre Isabel dos Santos: "Processos judiciais continuam parados" mas posição do grupo na NOS "é confortável"

Claudia Azevedo
Claudia Azevedo
Rui Duarte Silva

NOS está "protegida de qualquer turbulência acionista", garante Cláudia Azevedo

Os processos judiciais contra Isabel dos Santos em Portugal e em Angola "continuam parados" e, no meio do impasse e da confusão à volta da participação acionista da filha de José Eduardo dos Santos na Zopt, a Sonae tem uma certeza: "A NOS mantém um desempenho muito bom e conseguiu proteger a empresa de qualquer turbulência acionista".

As palavras são de Cláudia Azevedo, presidente executiva da Sonae, esta quinta-feira, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados do grupo, e têm por base a decisão de desfazer a parceria que ligava as duas partes em 2020, depois do processo Luanda Leaks expor os esquemas da empresária angolana.

A Sonae, que tinha criado em 2012 a Zopt para juntar os interesses das duas partes no sector das telecomunicações, garante que independentemente da participação continuar arrestada, a atual posição de 33,45% na NOS "é confortável" no que se refere a controlo e influência.

Esta quinta-feira, o diretor financeiro da Sonae, João Dolores, foi claro ao sublinhar que uma futura dissolução da ZOPT pode até subir a participação da Sonae na NOS para 49,9% "sem desencadear uma OPA".

"Esta é uma posição que nos deixa confortáveis. Se em algum momento decidirmos reforçar a nossa posição podemos fazê-lo. Mas queremos que as questões judicial e acionista se resolvam. Continuamos atentos ao que se passa, sabendo que o mais importante é garantir que a empresa não será afetada por isto, continuará a operar bem e a executar o seu projeto de telecomunicações no mercado português", comentou.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mmcardoso@expresso.impresa.pt

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