A Ucrânia não é um anão económico, mas sofre de uma maldição geopolítica, a da geografia, com um gigante nuclear como vizinho que desde o início do século XXI pretende “corrigir” a herança do colapso da União Soviética (URSS) há trinta e um anos atrás.
A Ucrânia é a quarta maior economia no Leste da Europa, depois da Rússia, da Polónia e da Roménia. O seu Produto Interno Bruto (PIB), medido em paridade de poder de compra (para ser mais realista), é uma vez e meia superior ao português. Mas a riqueza média do seu povo, medida em PIB por habitante, em paridade de poder de compra, é apenas 39% da polaca (ou da portuguesa), 42% da romena e 47% da russa (ver tabela). Até o estado satélite de Moscovo, a Bielorrússia, tem um rendimento por habitante 32% superior ao ucraniano. Trinta anos volvidos sobre o corte da ligação com a URSS, o PIB per capita ainda está 11% abaixo do registado em 1991.
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