Economia

Central do Pego: júri confirma que a melhor proposta é da Endesa, e exclui Greenvolt

Foto: Nuno Botelho
Foto: Nuno Botelho

Embora perdendo pontuação face à avaliação inicial do júri, a Endesa conservou o primeiro lugar, estando agora mais perto de poder avançar com o seu projeto de energia solar e eólica no Pego, com baterias e produção de hidrogénio verde

O júri do concurso para atribuição da capacidade de ligação à rede elétrica que hoje é ocupada pela central a carvão do Pego confirmou, na revisão do seu relatório preliminar, que a melhor proposta apresentada no leilão pertence à espanhola Endesa.

A ata relativa ao relatório preliminar revisto, já publicada pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), resulta de uma reunião do júri que decorreu na última sexta-feira, e que serviu para apreciar as contestações apresentadas por vários concorrentes, insatisfeitos com as respetivas pontuações no relatório inicial.

A Endesa manteve o primeiro lugar, somando agora 3,42 pontos, abaixo dos 3,72 pontos do relatório inicial.

Em segundo lugar manteve-se a Tejo Energia (dona da central a carvão do Pego, e que tem a Endesa como acionista minoritário, mas em litígio com o acionista maioritário, a Trustenergy), que viu a sua pontuação recuar ligeiramente, de 3,27 para 3,2 pontos.

A Greenvolt, que tinha ficado em terceiro lugar, com 3,18 pontos, foi agora excluída pelo júri, já que a sua proposta era condicionada.

O terceiro lugar passou a ser da Voltalia, com 2,02 pontos (igual à primeira avaliação), enquanto a Brookfield e Bondalti viram o seu projeto ficar em quarto lugar, com 2,01 pontos (abaixo dos 2,16 pontos iniciais).

O último classificado continuou a ser a EDP Renováveis, com 1,47 pontos (inclusive abaixo dos 1,57 pontos da primeira avaliação).

A avaliação inicial teve contestações da Greenvolt, Endesa, Voltalia e Tejo Energia. Nem a EDP Renováveis nem a aliança entre Bondalti e Brookfield contestaram o resultado preliminar do júri.

Ao contrário do projeto da Tejo Energia, que previa continuar a aproveitar as instalações do Pego para queimar biomassa e, numa fase posterior, apostar em energia solar, o projeto da Endesa contempla o abandono da atual infraestrutura da central a carvão, prevendo o uso do ponto de ligação à rede para instalar um conjunto de projetos de origem renovável.

A proposta da Endesa inclui uma central solar de larga escala, parques eólicos, armazenamento com baterias e produção de hidrogénio verde, conforme o Expresso avançou a 4 de fevereiro.

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