24 fevereiro 2022 9:15
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Está a ser uma manhã de fortes perdas nas principais praças europeias, com muito pessimismo sobre o futuro a curto-prazo das economias mundiais
24 fevereiro 2022 9:15
As bolsas europeias começaram a negociar na sessão desta quinta-feira em forte baixa, horas depois do início da invasão russa à Ucrânia, com ataques aéreos em várias cidades do país, sob condenação dos países europeus e dos Estados Unidos.
O Stoxx 600, que acompanha 600 empresas do Velho Continente, começou a negociar em queda de 3,15%. Os principais índices das grandes economias europeias arrancaram igualmente em território negativo: em Frankfurt, o DAX recuava 3,64%; em Paris, o CAC caía 3,56%; em Madrid, o IBEX perdia 3,47%; em Londres, o Footsie eliminava 2,28% do seu valor; e em Milão, o FTSE MIB depreciava 2,66%.
O PSI-20 afundava-se 2,79% para os 5279,64 pontos, com 16 cotadas a negociar em baixa. O BCP dava o maior trambolhão da manhã: o banco, com uma forte operação na Polónia, perdia 5,01% para os 0,17 euros. A Mota-Engil, igualmente presente na Polónia, recuava 3,8% para os 1,16 euros.
Na energia apresentavam perdas todas as cotadas: eliminavam valor a Galp (-3,64% para os 9,32 euros), a EDP (-2,36% para os 3,73 euros), a EDP Renováveis (-2,18% para os 17,47 euros), a Greenvolt (-3,33% para os 5,22 euros), e a REN (-1,39% para os 2,48 euros).
No papel, a Navigator perdia 2,84% para os 3,28 euros, a casa-mãe Semapa recuava 2,48% para os 11,82 euros, e a Altri depreciava 3,4% para os 5,40 euros.
No retalho, a Jerónimo Martins, também com uma grande operação na Europa de Leste, cotava praticamente inalterada, em queda de 0,026%, para os 19,44 euros. A Sonae, por sua vez, caía 2,12% para os 0,95 euros por ação.
Nas telecomunicações, a NOS perdia 1,64% para os 3,36 euros.
A Ibersol, contrariando o clima geral, crescia 1,5% para os 5,40 euros.
A somar ao aperto cada vez mais rápido da política monetária da parte de bancos centrais como o Banco de Inglaterra e a Reserva Federal dos Estados Unidos, sob pressão para domar taxas de inflação em máximos de várias décadas, os mercados acionistas vão ter de lidar com um conflito em plena Europa.
O barril de Brent já cotava acima dos 100 dólares na manhã de quinta-feira, aumentando os temores de um encarecimento adicional da energia quando os preços desta são o grande fator de subida generalizada do custo de vida.
Por todo o mundo, analistas, economistas e decisores políticos tentam antecipar o impacto que uma guerra pode ter nas economias mundiais. Entretanto, sabe-se que as sanções à Rússia impostas pelos países do Ocidente terão impacto negativo nas economias dos dois lados da contenda, o que poderá obrigar a uma nova recalibração da política monetária.