Em ano de seca Portugal terá produção recorde de azeite
A explicação vai, segundo o INE, para o facto de as condições meteorológicas terem sido favoráveis ao longo da campanha 2021/22, bem como para a “importância crescente dos olivais intensivos”
A explicação vai, segundo o INE, para o facto de as condições meteorológicas terem sido favoráveis ao longo da campanha 2021/22, bem como para a “importância crescente dos olivais intensivos”
Em ano de seca, as previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para que a campanha oleícola de 2021/22 atinja a maior produção de azeite de sempre (com 2,25 milhões de hectolitros).
À primeira vista até pode parecer contraditório mas, na verdade, o INE confirma que aquele recorde na produção de azeite – notícia avançada, aliás, pelo Expresso a 13 de janeiro – se deve ao facto de se terem verificado “excelentes condições agrometeorológicas ao longo da campanha e da profunda reestruturação da fileira”, de onde se destaca a “importância crescente dos olivais intensivos”.
Em contrapartida, e ainda segundo o INE, “observam-se já os efeitos negativos da seca meteorológica severa e extrema que, no final de janeiro, afetava 45% do território continental”.
Um dos setores mais penalizados tem sido a produção pecuária, em particular a extensiva, “devido às fracas condições de pastoreio, que estão a obrigar os agricultores a comprar suplementos alimentares para os seus animais.
Nos cereais também se registam impactos, quer na diminuição das áreas semeadas (previsivelmente, a menor dos últimos cem anos), quer no fraco desenvolvimento vegetativo das searas de sequeiro.
Este cenário de seca, conclui o INE, aliado à subida dos preços dos meios de produção, “tem gerado incerteza e preocupação crescente no setor”.
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