A Pernod Ricard, dona de várias marcas de bebidas espirituosas e vinhos, contou com lucros de 1,4 mil milhões de euros no primeiro semestre do ano fiscal de 2022 (o período de julho a dezembro de 2021), com uma subida de 44% em relação ao registado no mesmo período do ano anterior.
A informação é divulgada esta quinta-feira pela empresa, que justifica com o aumento do lucro das operações recorrentes e despesas financeiras mais baixas, ao mesmo tempo que reflete um aumento da carga fiscal.
A Pernod Ricard é a casa-mãe que tem nas suas “prateleiras” marcas como a vodka Absolut, o gin Beefeater, o whiskey Jameson ou o rum Havana Club. As vendas atingiram um total de 5,96 mil milhões de euros no período de julho a dezembro, mais 17% que na mesma altura de 2021, resultados estes que decorrem também do impacto positivo do câmbio, com um dólar norte-americano e um yuan chinês mais fortes face ao euro.
Na Europa verificou-se o maior salto nas vendas, de 21%. Houve lugar a uma recuperação em Espanha, França e também nas vendas associadas a viagens, assim como um “dinamismo contínuo” na Europa de leste. Nas Américas o crescimento foi de 14%, especialmente nos Estados Unidos, Brasil e, mais uma vez, no retalho em viagem. Na Ásia, a China, Índia e Turquia foram os mercados que mais contribuíram.
As vendas de marcas internacionais dispararam 19%, e todas cresceram, em particular a Jameson, Martell, Ballantine’s, Absolut e Chivas Regal, que avançaram a dois dígitos. As marcas de especialidade, como é o caso dos whiskeys americanos Malfy, Monkey 47, Redbreast e Lillet, mostraram um “momento muito dinâmico” e superaram as marcas internacionais, com um avanço de 21%.
As marcas locais estratégicas, como é o caso dos whiskeys indianos Seagram, também evoluíram positivamente, cerca de 14%. Já o negócio dos vinhos teve um primeiro semestre fraco, com uma descida de 6%, dadas as menores colheitas na Nova Zelândia.
Os ganhos por ação subiram 33%, refletindo o crescimento nas receitas e o impacto positivo da recompra de ações que ocorreu no período. Em paralelo, a dívida líquida subiu 471 milhões de euros para os 7,92 mil milhões. Já o custo da dívida caiu para os 2,2%, que comparam com os 3,2% da primeira metade do ano fiscal de 2021, devido a processos de refinanciamento bem sucedidos.
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