Vídeo. Minuto Consumidor: soluções para contornar o fim das moratórias
As moratórias terminaram no dia 31 de dezembro de 2021. Conheça as suas opções neste espaço dedicado a responder às dúvidas dos consumidores
As moratórias terminaram no dia 31 de dezembro de 2021. Conheça as suas opções neste espaço dedicado a responder às dúvidas dos consumidores
Para responder a problemas provocados pela atual pandemia, foi aproveitado um mecanismo de suspensão do pagamento das prestações de crédito, as chamadas moratórias. O objetivo era aliviar o sufoco financeiro das famílias nesta altura atípica. O dia 31 de dezembro de 2021 marcou o fim de uma etapa.
Ainda assim, para proteção dos que aderiram a este regime, o governo aprovou em agosto um diploma (Decreto-lei nº 70-B/2021) com várias medidas.
A mais importante é o facto de as instituições financeiras serem obrigadas a apresentar propostas de alterações dos créditos bancários aos clientes. Se for o seu caso, analise-as bem e se não concordar ou não for compatível com os seus rendimentos atuais, apresente uma contraproposta ao seu banco.
Estas negociações não podem agravar a taxa de juro nem a cobrança de comissões bancárias.
Existem dois universos de negociação de créditos que vão ser utilizados e já foram atualizados para a questão das moratórias: o PARI (plano de ação para o risco de incumprimento) e o PERSI (procedimento extrajudicial de regularização de situações de incumprimento).
No PARI é obrigatório avaliar o risco de incumprimento por parte do cliente até 30 dias do fim da moratória. Os clientes que pertencem ao PERSI mantêm as mesmas garantias das moratórias até 90 dias depois do seu fim. Nos três meses seguintes os bancos não podem resolver o contrato ou intentar ações judiciais.
Mas como pode negociar com o seu Banco, para conseguir dar a volta ao fim das moratórias? Existem várias opções que pode escolher quando for negociar com o seu banco.
Peça para fazerem uma redução no spread (comissão cobrada pelo banco), sobretudo se tiver um spread acima de 2%, visto que a maior parte dos valores do mercado estão abaixo desse valor.
Pode optar por fazer uma simulação online e se chegar à conclusão de que teria melhores condições noutro banco, confronte o seu com esses resultados. Na maior parte das vezes, preferem melhorar as suas condições a perdê-lo como cliente.
Tem também a hipótese de pedir um alargamento no prazo de empréstimo, usufruindo de uma prestação mensal mais reduzida. Contudo, irá sofrer um aumento dos juros a pagar na fatura final.
Pode também pedir um período de carência, desta forma, deixa de pagar o capital, e apenas tem de pagar o valor dos juros relativos à sua dívida. Normalmente, esta opção dura entre 6 a 24 meses, mas esta questão pode variar de banco para banco.
A quarta opção disponível é adiar parte do reembolso para a última prestação do empréstimo. Isto irá aliviá-lo de imediato, mas tome precauções para o grande valor da última prestação que irá pagar, para além do valor que transferiu, irão estar somados os juros.
Pode renegociar o prémio que está a pagar, fazendo uma análise, por exemplo, às coberturas do seguro. Por vezes algumas estão a ser pagas em duplicado ou não são de todo necessárias.
Se esta opção lhe for negada, podere transferir os seguros para outra entidade, mesmo que não faça parte do seu banco. Mas tenha em atenção os valores em questão, sobretudo na taxa contratada no crédito.
O “Minuto Consumidor” é um projeto onde procuramos, todas as semanas, responder às suas dúvidas. Para acompanhar no Expresso Online e na antena da SIC Notícias, com o apoio da DECO Proteste. Envie as suas dúvidas para minutoconsumidor@deco.proteste.pt
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt