Governo discute prospeção do lítio na próxima semana
Ministério do Ambiente reúne-se com autarcas das seis áreas afetadas para discutir condições do concurso público de exploração
Ministério do Ambiente reúne-se com autarcas das seis áreas afetadas para discutir condições do concurso público de exploração
A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) finalizou a avaliação ambiental às seis áreas identificadas como tendo potencial para a exploração de lítio e o Executivo terá dois meses para abrir um concurso público para a atribuição dos direitos de prospeção desta matéria-prima. Até lá, contudo, o gabinete de João Pedro Matos Fernandes vai reunir-se na próxima semana com os autarcas das zonas afetadas para debater os termos do concurso público, revelou esta sexta-feira o próprio ministro do Ambiente, em conferência de imprensa.
Matos Fernandes garantiu que todo o processamento do metal será feito internamente e avançou que os interessados terão de desenhar um “plano de benefícios sociais” para as autarquias. O jornal “Público” deste sábado revela, contudo, que os efeitos positivos sobre as economias dos municípios abrangidos serão apenas “residuais” e poderão até ser negativos, tendo em conta o impacto sobre o turismo destas mesmas regiões.
A DGEG reconhece, refere o jornal, que as atividades de prospeção acarretam riscos, incluindo possíveis “efeitos nefastos” sobre a fauna e a flora das áreas em causa. E que poderá não existir benefício económico que compense o impacto ambiental. No entanto, esta semana, em entrevista à SIC Notícias, Matos Fernandes garantiu que a exploração de lítio poderá gerar “dezenas de milhares de postos de trabalho”.
No início deste processo, que arrancou com a análise do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), foram identificadas 11 áreas com potencial de existência de lítio, explica ainda o jornal “Público”. O Governo isentou, no entanto, três destas áreas, por estarem localizadas maioritariamente em zonas de parques naturais. Foram submetidas à avaliação ambiental oito áreas, das quais DGEG excluiu mais duas, restando agora as seis que irão a concurso.
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