Economia

Santander lucra 298,2 milhões de euros em Portugal

Pedro Castro Almeida, CEO do Santander em Portugal. Foto: António Pedro Ferreira
Pedro Castro Almeida, CEO do Santander em Portugal. Foto: António Pedro Ferreira

Em 2021 o Santander registou um lucro de 298,2 milhões de euros em Portugal, mais 0,9% face a 2020

O Santander registou um aumento de lucros em Portugal em 2021, para 298,2 milhões de euros, depois de em 2020 o banco liderado por Pedro Castro Almeida ter visto os seus resultados caírem 44% para 295,6 milhões de euros. Num ano marcado ainda pela pandemia mas também por uma reestruturação, o Santander registou no primeiro trimestre do ano passado um encargo extraordinário de 164,5 milhões de euros para fazer face ao seu plano de transformação.

Pedro Castro Almeida considera que a “banca está a viver um período de grande disrupção” e que o sector está a viver grandes desafios, embora diga também estar “otimista em relação a 2022”.

Em 2021 saíram do banco 1175 trabalhadores. A instituição fechou o ano com 4805 trabalhadores em Portugal. Já o número de agências encolheu de 427 para 348.

O crédito a clientes cresceu 1,7% para 43,4 mil milhões de euros, com uma queda de 1,7% no financiamento concedido às empresas e um crescimento de 5,6% a clientes particulares, com destaque para o crédito à habitação, que subiu 6% face a 2020. Os recursos totais de clientes subiram 8,5% para 46,9 mil milhões de euros, com os depósitos a crescerem 6,8%.

A margem financeira caiu 7,3%, para 731 milhões de euros, muito ainda pelas taxas de juro negativas, que “tocaram mínimos em 2021 por causa da pandemia mas também “pela redução continuada de spreads” (comissão cobrada pelo banco).

As comissões líquidas aumentaram 14,3%, para 426,6 milhões de euros.

Os custos operacionais ascenderam a 528,7 milhões de euros, o que face a 2020 traduz um decréscimo de 8,4%, muito influenciado pela queda de 13% dos custos com o pessoal.

Os resultados em operações financeiras – venda de divida pública – contribuíram para os resultados. Verificou-se um aumento de 35% para 155,3 milhões de euros.

As imparidades para crédito reduziram-se 60,8% para 73,5 milhões de euros. Já as provisões registaram um aumento de 150,6% devido especialmente aos custos de reestruturação, nomeadadamente com as saídas de trabalhadores, custos que ascenderam a 260 milhões de euros, explicou o presidente do banco.

O rácio de capital, CET1, foi reforçado. Em 2021 estava nos 25,2%, um acréscimo de 4,6% face a dezembro de 2020. Já o rácio de eficiência caiu 4,9% para 40,1%.

Não está ainda decidido se haverá distribuição de dividendos face a 2021, mas serão distribuídos 480 milhões de euros de dividendos face ao ano de 2019. Quanto ao futuro, o banco diz que “vai analisar”.

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