Economia

Covid-19. Bares e discotecas fecham a partir da meia-noite do dia de Natal (mas Governo promete apoios)

Covid-19. Bares e discotecas fecham a partir da meia-noite do dia de Natal (mas Governo promete apoios)
Filipe Farinha

Da meia-noite do dia 25 até 9 de janeiro os bares e discotecas estarão encerrados, anunciou esta terça-feira o primeiro-ministro, António Costa, em conferência de imprensa. A passagem de ano, uma noite em que muitos empresários aproveitam para respirar fundo antes dos meses de Inverno, fica inviabilizada

A quadra festiva ficou estragada para os empresários do setor da noite. O Governo decretou esta terça-feira o encerramento de discotecas e bares a partir da meia-noite do dia 25 de dezembro, antecipando assim o chamado período de contenção - que deveria começar a 2 de janeiro - para o dia de Natal.

A passagem de ano, encarada como uma peça importante na recuperação de um setor que ficou praticamente paralisado desde o início da pandemia, deixa de ser uma possibilidade de faturação para os bares e discotecas.

Contudo, o Governo promete apoios às empresas que terão de encerrar os seus estabelecimentos até 9 de janeiro, o fim do período de contenção.

Na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros desta terça-feira, o primeiro-ministro, António Costa, aludindo a celebrações de Ano Novo previstas para outros espaços, disse que "já há um conjunto de iniciativas que estão contratadas, já há pagamentos, e o impacto seria brutal do ponto de vista da vida das famílias e do ponto de vista económico".

A recomendação do Governo é "que não se participe", mas que "participando", apenas mediante a apresentação de um teste negativo, quer antigénio ou PCR, acrescentou.

"Fatura cada vez mais alta"

Em declarações à SIC Notícias após a conferência de imprensa, José Gouveia, presidente da Associação Nacional de Discotecas, lamentou o cancelamento "em cima da hora" das celebrações de passagem de ano nos estabelecimentos noturnos, e disse que o foco está agora nos apoios prometidos pelo Governo às empresas, uma fatura "cada vez mais alta".

"Mais uma vez em cima da hora é cancelada a passagem de ano das discotecas", criticou José Gouveia, lamentando o anúncio do Governo a pouco mais de uma semana das celebrações. "Em reuniões com o Governo pedimos que isso não acontecesse", acrescentou.

O presidente da Associação lamentou ainda o "investimento de milhares de euros que agora cai por terra" feito na instalação de centros de testagem à porta de estabelecimentos noturnos, que implicaram aquisição de material e contratação de profissionais de saúde.

"A indústria da noite sobrepôs-se ao Governo em matéria de testagem", já que o Executivo "não criou condições para que as pessoas se pudessem testar", disse.

O foco está nos apoios prometidos pelo Governo para compensar a faturação perdida. "Queremos discutir em matéria de apoios e saber como é que esta fatura vai ser paga que está cada vez mais alta", concluiu.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: pcgarcia@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate