A Segurança Social (SS) tem estado a ajudar a TAP a pagar parte dos salários deste ano, e a companhia aérea consumiu a fatia de leão dos gastos do Estado com o lay-off clássico na primeira metade do ano. A transportadora recebeu €13 milhões da Segurança Social no primeiro semestre deste ano, o equivalente a 72% dos gastos totais com todas as empresas naquele período, cujo montante global ascendeu a €18 milhões. Ficaram então €6 milhões para dividir por 411 empresas e 23 mil trabalhadores.
A TAP ainda é um porta-aviões em termos de trabalhadores e é uma das maiores empregadoras do país. Apesar dos cortes impostos na sequência do plano de reestruturação, em setembro a TAP tinha quase 6770 trabalhadores.
Foi a partir de março que a transportadora voltou a aderir ao regime de lay-off, desta vez na modalidade inscrita no Código do Trabalho, depois de já ter beneficiado em 2020 do lay-off simplificado. Entre março e junho, a SS assegurou o pagamento mensal de €3,250 milhões em remunerações. Um apoio importante para uma empresa cuja atividade continua bastante limitada pela pandemia e pelo plano de reestruturação, a aguardar a aprovação pela Comissão Europeia.
Os €3,250 milhões ficam a uma distância abissal face ao que foi pago, em média, por empresa pela SS nos primeiros seis meses do ano, €43,8 mil, segundo dados disponibilizados ao Expresso pelo Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS).
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