As empresas do sector agroalimentar estão entre a espada e a parede. Já não conseguem absorver mais os aumentos de custos das matérias-primas que se tem vindo a registar ao longo dos últimos meses e, mais dia menos dia, isso vai começar a sentir-se na prateleira do supermercado e, por consequência, vamos assistir a um disparo na inflação. Vive-se “uma tempestade perfeita”.
É desta forma que Jorge Tomás Henriques, presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), resume o que se passa neste sector. “Mesmo as matérias-primas em que os preços estabilizaram, estabilizaram em alta”, sublinha, para adiantar logo em seguida que nada faz prever que haja quebra de preços, nos tempos mais próximos, tanto nas matérias-primas de base, como nas que servem de suporte às embalagens (como papel, cartão canelado, cartolina, onde já ouve aumentos da ordem dos 60%).
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