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Contratação de estrangeiros para posições-chave e consultoria cria tensão na TAP

Contratação de estrangeiros para posições-chave e consultoria cria tensão na TAP
João Carlos Santos

Nova administração está a contratar no exterior diretores e assessores bem remunerados e está a criar anticorpos na organização

A TAP tem estado a contratar, nos últimos meses, quadros para lugares de direção e consultores estrangeiros e isso está a ser notado e a criar desconforto dentro da organização. É que foi nos trabalhadores que o cutelo da redução de custos imposta pelo plano de reestruturação mais se fez sentir — foram rescindidos contratos com mais de três mil trabalhadores, os salários foram reduzidos entre 25% a 50%, e vão estar com cortes até 2024 — e isso deixa marcas.

As brechas abertas por cortes cegos feitos pela anterior administração, que levaram à saída de cerca de uma dezena de diretores, alguns com décadas de experiência, estão a fazer-se sentir, e obrigaram a novas contratações, já que estamos a falar de postos em áreas como a gestão de rede e alianças ou frotas e comercial, que não podem ficar vagos. Estão a ser preenchidos por pessoas contratadas no estrangeiro — vários estão a vir de mercados francófonos e espanhóis, conhecidos por razões profissionais pela nova presidente da TAP, Christine Ourmières-Widener, ex-quadro da Air France, e pela administradora executiva responsável pela área comercial e de vendas, Sílvia Mosquera, ex-Iberia e ex-Avianca.

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