A NOS foi a primeira empresa a ter uma licença de quinta geração móvel (5G) em Portugal, e é a primeira a lançar comercialmente a oferta. "É o momento pelo qual esperávamos e para o qual há muito estamos preparados", rejubilou Miguel Almeida, presidente da NOS. A operadora do grupo foi a empresa que mais espectro comprou no leilão do 5G.
Com este lançamento, Portugal deixa de ser um dos dois únicos países da União Europeia que não tinham a comercialização do 5G. E acaba por avançar com o serviço ainda em 2021, e depois de muita tinta ter corrido a propósito do atraso do país na nova revolução tecnológica, com fortes críticas à Anacom.
O serviço da NOS já disponível a partir desta sexta-feira para os subscritores do tarifário Sem Limites Max, os quais não necessitam de qualquer ativação, para passar a ter acesso imediato à nova tecnologia móvel.
MEO, a Nowo e a Dixarobil estão mais atrasadas
A Anacom anunciou ao início da tarde desta sexta-feira que aprovou, a 26 de novembro de 2021, a decisão relativa à emissão do título dos direitos de utilização de frequências atribuídos à NOS Comunicações. Emitida a licença, o arranque do serviço estava dependente apenas da vontade e capacidade da operadora de avançar comercialmente com o 5G. Minutos depois, a NOS veio anunciar que o serviço estava disponível.
Espera-se que em breve os outros operadores tenham as licenças emitidas e passem a oferecer o serviço. É que a Anacom aprovou na quarta-feira os projetos de decisão relativos à emissão dos títulos dos direitos de utilização de frequências à NOS, Dense Air e Vodafone, depois de estas terem efetuado os pagamentos pelo espectro do leilão 5G. E como após o pagamento o passo seguinte é receber as licenças e entrar no mercado com as ofertas de quinta geração, a bola passa a estar do lado dos operadores.
Mais atrasadas estão neste momento a MEO, a Nowo e a Dixarobil, que até agora ainda não efetuaram o pagamento das licenças. Mas deverão fazê-lo a qualquer momento. Até porque se não o fizerem perdem uma caução de 15 milhões de euros.
A Anacom esclareceu em comunicado que "continuará a dar, como tem vindo a fazer, máxima prioridade à emissão dos títulos na sequência da concretização, por parte dos licitantes, dos pagamentos e do envio das respostas às audiências prévias relativas aos projetos de decisão relativos a esses títulos".
É, até agora, a NOS que tem estado a liderar a entrada do 5G em Portugal. "Vamos, finalmente, poder entregar aos portugueses a tecnologia que vai transformar tudo e abrir possibilidades até aqui nunca imaginadas. O 5G será um pilar central no processo de transição digital da sociedade portuguesa e no reforço da competitividade da nossa economia. Com um ambicioso plano de investimento, a NOS assume a liderança desta nova era, ao serviço do país e dos nossos clientes", salientou Miguel Almeida.
A NOS promete que irá "nos próximos dias lançar mais ofertas, com o objetivo de democratizar o acesso à tecnologia". A operadora sublinha ainda que "para os clientes particulares, o 5G significa maior qualidade e velocidade nas ligações, no consumo e partilha de conteúdos multimédia e no acesso a experiências imersivas".
Nas próximas semanas a aplicação NOS vai disponibilizar aos seus clientes experiências de cloud gaming, realidade virtual e realidade aumentada. Com o 5G as empresas vão poder melhorar a eficiência e inovar nos seus modelos de negócio.
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