Economia

"Temos a geração mais qualificada de sempre", mas as anteriores não devem ficar para trás, diz António Costa

"Temos a geração mais qualificada de sempre", mas as anteriores não devem ficar para trás, diz António Costa
Tiago Miranda

António Costa considera que "os motores de recuperação e desenvolvimento do país assentam nas qualificações e na inovação". Apesar de Portugal ter "finalmente, a primeira geração que se aproxima dos níveis médios de qualificação da UE", não se pode esquecer as outras, sendo necessário apostar na formação

Para o primeiro-ministro, António Costa, é importante apostar na formação ao longo da vida pois, apesar de Portugal ter agora "a geração mais qualificada de sempre", como declarou esta terça-feira, as gerações anteriores ainda estão abaixo dos níveis médios da União Europeia (UE) e não podem ser esquecidas.

O primeiro-ministro falava na abertura do Congresso Nacional da Ordem dos Economistas, que se realizou esta terça-feira, onde elogiou o país por ter "a geração mais qualificada de sempre" e por ser dos "países mais bem preparados para a transição climática", bem como por toda a recuperação que foi feita nos últimos anos e pelo combate à pandemia.

Mas é a qualificação - a par com a inovação - onde António Costa 'mete as fichas'. Segundo o chefe do Executivo, "o país não será mais competitivo num modelo de baixos salários, os motores de recuperação e desenvolvimento do país assentam nas qualificações e na inovação".

"Temos hoje, finalmente, uma nova geração, a primeira geração da nossa história que se aproxima dos níveis médios de qualificação da UE, mas temos ainda todas as outras gerações - a minha e a de muitos que aqui estão - que, pelo contrário, se caracterizam por serem gerações com níveis de qualificação muito abaixo da UE", afirmou.

Aliás, dirigiu-se às críticas que lhe chegam sobre a comparação do desenvolvimento económico de países que entraram na União Europeia depois de Portugal dizendo que alguns desses "entraram em média com um nível de qualificação superior à da média da UE, quando Portugal tinha ainda então um nível de qualificação que era um terço da UE" - o que, para Costa, "faz toda a diferença".

Por isso, aposta na formação profissional, seja ela ao longo da vida, ou nos cursos técnicos superiores que, de acordo com o primeiro-ministro, permitiram ter um ensino "cada vez mais alinhado com o tecido produtivo" português.

"Temos hoje, finalmente, uma nova geração, a primeira geração da nossa história que se aproxima dos níveis médios de qualificação da UE, mas temos ainda todas as outras gerações - a minha e a de muitos que aqui estão - que, pelo contrário, se caracterizam por serem gerações com níveis de qualificação muito abaixo da UE"

António Costa, primeiro-ministro

Posto isto - e com a retoma da economia a avançar - Costa considera que "não estamos condenados a divergir [da média europeia]" e que Portugal está pronto para "retomar o ciclo de convergência que melhora o nível de vida dos potugueses". Assim, acredita que Portugal vai retomar a convergência com a UE em 2022, "se não mesmo em 2021".

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