A sueca Ericsson está em Portugal há quase 70 anos e a nota sobre o futuro da operação no país é de grande otimismo. Sofia Vaz Pires, a nova presidente executiva da Ericsson Portugal, assegura, em entrevista ao Expresso, que o atraso do país na comercialização da quinta geração móvel (5G) é “recuperável”. O ADN da indústria portuguesa de telecomunicações é o da inovação, e a experiência já acumulada em outros países mais avançados na comercialização do 5G garante que Portugal não irá perder o comboio, defende. “O investimento em Portugal nas tecnologias existe e é cada vez maior. E porque é que eu digo isto? É que para os mercados internacionais Portugal é inovador e funciona como um incubador de tecnologias. Os nossos operadores são muito respeitados lá fora exatamente pela capacidade de inovação e dinamismo. E depois há ainda a apetência dos consumidores portugueses pela inovação. Há mercados, como o inglês, que funcionam muito na base de conectividade pura e onde há muita concorrência do ponto de vista do megabyte e do minuto de voz, enquanto em Portugal a diferenciação faz-se mais pela inovação. E aqui o consumidor quer mais do que apenas a conectividade”, explica Sofia Vaz Pires.
Sem querer comentar o prolongamento do leilão do 5G por quase 10 meses, a gestora desdramatiza o atraso na comercialização da quinta geração móvel. “A Ericsson Portugal está pronta para operacionalizar o 5G amanhã. Este atraso não é de todo irrecuperável, e como somos uma empresa que está a liderar o desenvolvimento do 5G tanto do ponto de vista da investigação como da sua operacionalização em outros mercados, o processo avançará rapidamente. Já há casos de uso em outros mercados, exemplos que os operadores nacionais poderão usar, acelerando o processo de aprendizagem”, considera. Sofia Vaz Pires avança com os números que provam a liderança da fabricante sueca na tecnologia 5G: em todo o mundo há 180 contratos assinados para a rede de quinta geração e a Ericsson tem cerca de 150, a quase totalidade. “Claramente, temos a liderança.”
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ACampos@expresso.impresa.pt