Inflação acelera em outubro para os 1,8%
O maior contributo terá sido, segundo a estimativa do INE, do aumento dos preços dos produtos energéticos, com uma variação homóloga de 13,5% em outubro
O maior contributo terá sido, segundo a estimativa do INE, do aumento dos preços dos produtos energéticos, com uma variação homóloga de 13,5% em outubro
Jornalista
O Instituto Nacional de Estatística (INE) estima que, em outubro, a inflação nacional acelerou, registando-se uma variação homóloga de 1,8%. Em setembro, a variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) tinha sido de 1,5%, o mesmo valor de agosto.
A inflação subjacente, a que exclui produtos alimentares não transformados e produtos energéticos, terá sido de 1,1% em outubro, face a uma variação anual de 0,9% em setembro. A inflação média calculada pelo INE terá sido, nos últimos doze meses, de 0,8% em outubro. Em setembro, o cálculo apontava para os 0,6%.
Em conjunto, estes números, apesar de sinalizarem um aumento mais pronunciado dos preços, estão ainda longe das taxas registadas nos países da União Europeia. Em setembro, Portugal teve a segunda taxa mais baixa dos 27 em setembro.
O maior contributo terá sido, segundo a estimativa, do aumento dos preços dos produtos energéticos, com uma variação homóloga de 13,5% em outubro, acelerando face aos 10,5% de setembro, numa altura de crise energética nos países europeus que está a provocar o encarecimento generalizado dos preços da eletricidade, gasolina, gasóleo e gás.
Os produtos alimentares não-transformados, contudo, registaram uma variação homóloga de -0,7%, face a -0,4% em setembro.
Em Espanha, país que partilha o mercado grossista de eletricidade com Portugal, a inflação deverá ter acelerado, em outubro, para os 5,5%, a maior taxa em quase 30 anos, precisamente pelo encarecimento da energia, algo generalizado nos países da União Europeia.
Face a setembro, o IPC teve uma variação de 0,5%, depois dos 0,9% de setembro de 2021.
O INE prevê divulgar os números definitivos da inflação de outubro a 11 de novembro.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: pcgarcia@expresso.impresa.pt