Descodificador. Facebook: será que é só o nome que muda?

1. Facebook vai mesmo mudar de nome?

A empresa que ainda dá pelo nome de Facebook não confirmou a intenção de mudar de denominação, mas não desmentiu as notícias que se seguiram à revelação do “The Verge”. O que é um sinal de que a mudança vai acontecer (nenhuma empresa cotada deixaria correr um boato sem fundamento sobre a sua marca). Tudo leva a crer que a mudança deverá ser anunciada até 28 de outubro, data da conferência anual da marca. A empresa Facebook muda de nome — mas a rede social Facebook deverá manter a denominação original.

2. Mudar porquê?

Hoje, o conglomerado liderado por Mark Zuckerberg detém marcas como Instagram, WhatsApp e o fabricante de óculos de realidade virtual Oculus — e uma empresa com uma denominação neutra pode ter vantagens tanto do ponto de vista comercial como do regulamentar. Tendo em conta o movimento político que pretende “partir” as grandes tecnológicas nos EUA e as denúncias de ex-profissionais e ativistas sobre malefícios e más práticas de Facebook e Instagram, o grupo poderá ser obrigado a vender uma das redes sociais — e a mudança de nome evita situações caricatas geradas pelo facto de a empresa Facebook vender a rede social homónima. A mudança também indicia que o negócio das redes sociais já não é o que era.

3. Que nome vai ser adotado?

Ainda não se sabe. Segundo a imprensa americana, esse é um dos segredos mais bem guardados na empresa. Nos bastidores, há quem garanta que a nova denominação pode estar relacionada com a marca Horizon, que já começou a ser usada em serviços relacionados com teletrabalho ou óculos de realidade aumentada. De qualquer modo, trata-se apenas de um rumor não confirmado.

4. O que é o Metaverse?

Mark Zuckerberg já fez saber que queria que a empresa Facebook passasse a ser conhecida como uma “empresa Metaverse” nos próximos anos. Essa expectativa pressupõe que os negócios das redes sociais perdem peso, e só será possível se o projeto Metaverse tiver sucesso. O Metaverse pretende criar um ambiente paralelo ou complementar à internet, que tem por base realidade virtual e realidade aumentada. O que só será possível se houver uma grande escala de adoção de óculos de realidade virtual, que cobrem os olhos com imagens digitais. Parece ficção científica... tal como nos anos 1970 se achava das videoconferências.