Sexto aumento extraordinário não compensa congelamento entre 2011 e 2015 para quem recebe mais de €560
É já um clássico dos Orçamentos do Estado dos Governos de António Costa, negociados à esquerda. Pelo sexto ano consecutivo, as pensões mais baixas vão contar com um aumento extraordinário em 2022, assegurando uma atualização mínima de €10, prevê a proposta do OE-2022, quantificando que 1,9 milhões de pensionistas irão beneficiar desta medida. Só que, mesmo assim, há pensões baixas que ainda ficarão a perder com o congelamento entre 2011 e 2015, nos anos ‘negros’ da troika. Isto sem falar das mais altas.
O bónus — que o Governo aponta apenas para agosto mas que a pressão da esquerda nas negociações para viabilizar o Orçamento pode antecipar para janeiro — abrange os pensionistas que recebem até uma vez e meia o indexante de apoios sociais (IAS), o que equivale a €658,2 este ano e deve subir para cerca de €664 em 2022, tendo em conta a projeção do Governo (aumento de 0,9%). E funciona como limiar mínimo. Ou seja, sempre que da atualização legal anual, em janeiro, resultar um aumento inferior a €10 para estes pensionistas, será reforçado em agosto, até perfazer essa fasquia.
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