Economia

Repsol e EDP unem-se para apostar no hidrogénio verde com Sines na mira

Josu Jon Imaz, CEO da Repsol e Miguel Stilwell d'Andrade, CEO da EDP, no dia em que assinalaram o compromisso de unir esforços no hidrogénio verde
Josu Jon Imaz, CEO da Repsol e Miguel Stilwell d'Andrade, CEO da EDP, no dia em que assinalaram o compromisso de unir esforços no hidrogénio verde
D.R.

Sines, Astúrias e País Basco são as primeiras localizações em vista para a identificação destas oportunidades

A EDP Renováveis e a Repsol assinaram um acordo no qual se comprometem a avaliar em conjunto as oportunidades para o hidrogénio verde na Península Ibérica, para depois as poderem trabalhar “de mãos dadas”.

Sines, Astúrias e País Basco são as primeiras localizações em vista para a identificação destas oportunidades.

“Em Portugal, o plano passa por explorar a produção de hidrogénio renovável em Sines, tirando partido da complementaridade entre as operações da Repsol no local, através do seu complexo industrial – como potencial utilizador de gás renovável –, e o papel da EDP enquanto fornecedor de energia”, lê-se no comunicado enviado às redações.

Um dos dois projetos em Espanha, e liderado pela EDP, é o projeto Aboño, que tem como objetivo criar um "Vale do Hidrogénio" nas Astúrias. A Repsol lidera o projeto no País Basco, com um eletrolisador de grande escala, como parte do projeto “Corredor Basco de Hidrogénio”.

O memorando de entendimento foi assinado esta semana pelos presidentes executivos das duas empresas, Josu Jon Imaz, da Repsol, e Miguel Stilwell d'Andrade, da EDP Renováveis, na Embaixada de Espanha, em Lisboa.

“As sinergias, bem como a vontade de criar valor na produção e comercialização de hidrogénio renovável, ajudarão a desenvolver um mercado emergente, que enfrenta ainda desafios tecnológicos e regulamentares". “Esta parceria representa uma grande oportunidade para promover projetos decisivos na área do hidrogénio renovável na Península Ibérica”, acredita Miguel Stilwell de Andrade.

A Repsol pretende liderar a produção de hidrogénio renovável na Península Ibérica e desempenhar um papel de liderança na Europa com o objetivo de ter uma capacidade equivalente a 552 MW (megawatts) até 2025 e de 1,9 GW (gigawatts) até 2030.

As duas empresas são ainda parceiras no projeto Windfloat Atlantic - o primeiro parque eólico offshore flutuante da Europa continental, localizado ao largo da costa de Viana do Castelo, em Portugal.

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