Economia

Repsol assina contrato para investir 657 milhões em Sines

Da esquerda para a direita, Antonio Brufau, Presidente da Repsol, António Costa, Primeiro-Ministro de Portugal, Josu Jon Imaz, CEO da Repsol.​
Da esquerda para a direita, Antonio Brufau, Presidente da Repsol, António Costa, Primeiro-Ministro de Portugal, Josu Jon Imaz, CEO da Repsol.​
D.R.

A empresa de energia quer ampliar o complexo industrial que possui em Sines com a construção de duas novas fábricas, que produzirão polímeros.

Está assinado o contrato que oficializa o investimento 657 milhões de euros da Repsol para ampliar o seu complexo industrial de Sines. O primeiro ministro, António Costa, presidiu esta quarta-feira a uma cerimónia que contou com a presença do ministro de Estado, da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Vieira e, do lado da Repsol, com o presidente, Antonio Brufau, e o presidente executivo (CEO), Josu Jon Imaz.

Este é o maior contrato de investimento dos últimos dez anos em Portugal, e consiste na construção de duas fábricas de polímeros, cada uma com uma capacidade de 300.000 toneladas por ano. As novas unidades deverão estar concluídas em 2025. É um projeto considerado pelo Governo como sendo de potencial interesse nacional (PIN), o que levou à contratualização de incentivos fiscais ao investimento no valor de até 63 milhões de euros.

Ambas as fábricas vão dar origem a 75 empregos diretos e 300 indiretos quando estiverem operacionais. Mas antes disso, na fase de construção, irá empregar uma média de 550 pessoas, atingindo um pico de mais de 1.000 postos de trabalho.

Espera-se também um impacto positivo na balança comercial portuguesa. a aicep Global Parques, gestora da Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), estimou este impacto em mais de mil milhões de euros por ano, entre a substituição de importações, as novas exportações e o potenciar da indústria transformadora de todo o país.

De acordo com a informação divulgada pela Repsol, as duas fábricas garantem a máxima eficiência energética, são líderes de mercado e as primeiras do seu género a serem instaladas na Península Ibérica. Vão fabricar produtos 100% recicláveis.

O presidente da Repsol, Antonio Brufau, no seu discurso, referiu que “a indústria e a tecnologia são dois avanços essenciais para a competitividade da economia de um país” e destacou que “a iniciativa privada e as políticas públicas devem trabalhar em conjunto, da melhor forma possível, para uma transição energética compatível com a competitividade económica e a redução de emissões”.

O CEO da empresa espanhola, Josu Jon Imaz, afirma que “este investimento demonstra o compromisso da Repsol com o seu complexo industrial e com a geração de riqueza e emprego de qualidade em Portugal".

O mesmo responsável acredita que o complexo Industrial de Sines tornar-se-á numa referência europeia e os materiais avançados que produzirá terão um papel importante na descarbonização da sociedade.

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