Fusão da Carrefour com Auchan cai por terra

Uma fusão, a avançar, poderia significar também o regresso da insígnia Carrefour a Portugal, mercado de onde saiu em 2010.
As conversações para unir os retalhistas Carrefour e Auchan saíram frustradas. A parceria que era avaliada em 110 mil milhões de euros revelou-se demasiado complexa no que toca à estrutura e aos valores negociados, avança a Reuters.
Caso o negócio se tivesse concretizado, a união destas duas empresas resultaria num gigante que teria 30% de quota de mercado em França. Uma fusão, a avançar, poderia significar também o regresso da insígnia Carrefour a Portugal, mercado de onde saiu em 2010.
Uma fonte próxima da operação contou à Reuters que a Auchan ofereceu ao Carrefour 21,50 euros por ação, um total de 16,8 mil milhões de euros. Isto representa um prémio de 30% face ao valor de fecho das ações na sexta-feira passada. A quantia seria oferecida numa proporção de 70% em dinheiro líquido (cash) e os restantes 30% seriam entregues na forma de uma participação na nova empresa.
No entanto, o maior acionista do Carrefour, a família Moulin, considerou que os valores em causa não eram adequados, o que acabou por redundar num fim para este negócio. Além disso, afirma uma fonte próxima da família, os Moulin consideraram que a parceria carecia de um “racional industrial” e que podia resultar em problemas ao nível da concorrência e dos postos de trabalho em França.
Ao que é do conhecimento da fonte que revelou os valores em causa, a Auchan não pretende fazer uma oferta de compra hostil após esta recusa.
Em janeiro, já a canadiana Couche-Tard tinha avançado uma proposta de compra do Carrefour de 16,2 mil milhões de euros, à qual o Governo francês se opôs, argumentando com riscos no que diz respeito à segurança alimentar no país.
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