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Inflação pode pregar um “susto” e forçar corte nos apoios à economia. Bancos centrais têm de estar preparados, avisa o FMI

Inflação pode pregar um “susto” e forçar corte nos apoios à economia. Bancos centrais têm de estar preparados, avisa o FMI

As previsões para a inflação nas economias desenvolvidas e emergentes avançadas esta quarta-feira pelo Fundo Monetário Internacional apontam para um pico do surto inflacionista durante este último trimestre do ano

A inflação nas economias desenvolvidas e emergentes vai subir este ano muito acima das metas de ‘estabilidade de preços’ fixadas pelos bancos centrais, avança, esta quarta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) no seu primeiro documento de previsões inserido no World Economic Outlook (WEO), onde revê significativamente em alta as previsões para 2021. No entanto, depois de um pico durante o último trimestre deste ano, a trajetória dos preços regressa às descidas, estabilizando em meados de 2022 nos níveis compatíveis com os objetivos da política monetária nas economias desenvolvidas e emergentes.

Este é o cenário-base compatível com a teoria oficial ainda em vigor entre os dirigentes dos principais bancos centrais de que o surto inflacionista a que estamos a assistir é “temporário”, gerado por fatores inflacionistas “transitórios”. É o que temos ouvido a Christine Lagarde ou Jerome Powell, os presidentes do Banco Central Europeu e da Reserva Federal norte-americana respetivamente, os dois bancos centrais com o valor mais elevado dos ativos.

Contudo, o capítulo 2 do WEO, publicado esta quarta-feira, não deixa de ter um título sugestivo: “Inflação assusta”, e contém um outro cenário, diferente do de referência, em que a inflação pode pregar, literalmente, um “susto”. A recomendação do Fundo é que os bancos centrais estejam atentos aos sinais dados pelos preços e pelas expectativas de inflação. O conselho político é manter um equilíbrio no fio de arame: “Permanecer paciente no apoio à recuperação económica, mas estar pronto para agir rapidamente” caso os riscos se conjuguem.

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