Economia

Greve: BCP garante que "funcionou com total normalidade e sem qualquer perturbação"

Miguel Maya, presidente executivo do BCP
Miguel Maya, presidente executivo do BCP
Ana Baião

O banco liderado por Miguel Maya, que faz questão de sublinhar que é sindicalizado desde 1990, não fez um balanço estatístico da greve contra os despedimentos que esta sexta-feira decorreu. Mas em nota aos trabalhadores diz que foi um dia normal.

Greve: BCP garante que "funcionou com total normalidade e sem qualquer perturbação"

Isabel Vicente

Jornalista

Os sindicatos da banca fizeram um balanço positivo da greve que esta sexta-feira decorreu no BCP e no Santander contra os despedimentos anunciados: 62 no BCP e 210 no Santander.

Contatado ao fim da manhã, o BCP não quis comentar a adesão, mas em nota enviada aos trabalhadores a que o Expresso teve acesso, o presidente do banco, Miguel Maya, afirma que "o banco funcionou durante o dia de hoje com total normalidade e sem qualquer perturbação".

E adianta: "não vamos comentar opiniões nem fazer um balanço, como muitas vezes é habitual, situando o tema no domínio do sucesso ou insucesso da greve", mas para a comissão executiva do BCP, prossegue a nota, "o facto de se realizar uma greve no BCP, mesmo que sem qualquer expressão ou impacto, é algo que não nos orgulha".

Sindicatos e CT não são inimigos

Miguel Maya diz ainda aos trabalhadores que "os sindicatos e a Comissão de Trabalhadores não são inimigos nem sequer adversários (sou sindicalizado desde 1990 e não o deixei de ser quando assumi a responsabilidade de administrador), são organizações indispensáveis que têm por missão defender os trabalhadores e que promovem essa defesa com a perspetiva que têm do respetivo posto de observação".

"Mesmo quando discordamos em absoluto, como é o caso dos fundamentos para esta greve, merecem o nosso respeito", sublinha Miguel Maya.

E volta à carga com a justificação para os despedimentos: "a Comissão Executiva ajusta os planos em função de múltiplos fatores, entre os quais a evolução tecnológica e o respetivo impacto nos modelos de relacionamento com os clientes, e implementa a estratégia do banco a partir do conhecimento obtido de múltiplas perspetivas, pois tem a responsabilidade de ponderar diversos pontos de vista e gerir o banco na defesa dos interesses de todos os stakeholders, entre os quais os dos trabalhadores".

Na nota enviada remata: "no dia de hoje ficou uma vez mais demonstrado que os trabalhadores conhecem bem os desafios específicos do banco e do sistema financeiro e, também, o seu permanente compromisso com o futuro do Banco Comercial Português”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: IVicente@expresso.impresa.pt

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