Espaço de cowork nasce no Atrium Saldanha

Avila Spaces cria 130 postos de trabalho partilhado em projeto pioneiro numa galeria comercial em Portugal
Avila Spaces cria 130 postos de trabalho partilhado em projeto pioneiro numa galeria comercial em Portugal
Jornalista
A consolidação de soluções de trabalho híbridas neste período pós-pandemia faz disparar a procura por espaços de cowork (trabalho partilhado), em alternativa ao trabalho a partir de casa. Para dar resposta ao mercado, a Avila Spaces vai abrir a sua terceira localização em Lisboa na primeira quinzena de outubro.
“O projeto é a criação de um espaço de trabalho partilhado, com uma área de 650 m2, integrado na galeria comercial Atrium Saldanha. É um projeto pioneiro em Portugal e acompanha uma tendência internacional reforçada com a pandemia”, afirma Carlos Gonçalves, administrador da Avila Spaces, empresa de centros de escritórios e espaços de trabalho partilhado que gere já 1500 m2 e 300 postos de trabalho nas Avenidas da República e João Crisóstomo.
Com uma área equivalente a um terço do segundo andar do Atrium Saldanha, a Avila Spaces pretende criar um centro de cowork com 130 postos de trabalho, dos quais 60 serão fixos. O investimento ronda os €500 mil e inclui obras de adaptação, equipamentos, tecnologia,
mobiliário e recursos humanos. O projeto destina-se a um público essencialmente corporativo. “Muitas empresas estão a comprar pacotes de dias para servir de alternativa ao trabalho a partir de casa e realizar reuniões nos nossos espaços”, explica, acrescentando que existem soluções de avença desde €150 mensais (das 8h às 20h), postos de trabalho exclusivos disponíveis 24 horas, sete dias por semana, por €250, entre outras.
“É um projeto-piloto que será o ponto de partida para a criação de espaços de trabalho partilhado em zonas comerciais noutros pontos do país”, acrescenta. Para Carlos Gonçalves, a pandemia acentuou a necessidade de reinvenção dos espaços comerciais, mas também dos centros de escritórios e espaços de cowork, que estão a lidar com novos hábitos de consumo e a necessitar de dar novas dinâmicas aos seus negócios. “Por um lado, os espaços comerciais encontram uma nova forma de rentabilizar zonas que podem ter ficado vagas com o fecho de lojas e galerias; por outro, a integração de um cowork nestas zonas permite dar uma mais-valia aos clientes, que passam a ter acesso a mais opções para ocupar tempos livres ou fazer pausas”, afirma.
Na prática, segundo o responsável, trata-se de aplicar o conceito de work city em Portugal: um espaço que junta trabalho e lazer, onde as pessoas podem estar num ambiente de escritório mas com acesso direto a lojas, restauração, ginásios e espaço de lazer, numa espécie de “vida a 360 graus”.
“A concentração num mesmo espaço permite ganhos de produtividade e de eficiência que não se conseguem num edifício só de escritórios”, salienta. Outra vantagem do espaço de cowork no Atrium Saldanha é potenciar a interação com os outros ocupantes do edifício, permitindo, por exemplo, que empresas e lojistas que precisem de reforçar estratégias de comércio online tenham acesso facilitado a profissionais dessa área. “Estamos a promover o networking entre os lojistas e acreditamos que a partilha de conhecimento em tecnologias poderá ser útil para todos”, explica o responsável da Avila Spaces. Para facilitar o contacto, a par da criação de uma plataforma online onde empresas e lojistas interagem em rede,“numa espécie de LinkedIn privado”, a Avila Spaces, à semelhança do que faz nos outros locais, vai promover eventos de networking. Reuniões informais em período pós-laboral, que vão desde a apresentação de produtos a palestras de profissionais ligados às áreas de tecnologias, entre outras.
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