Várias horas à espera de atendimento telefónico e mais horas na fila do único balcão da TAP no aeroporto de Lisboa têm deixado os clientes da companhia de cabelos em pé. A TAP está a ser vítima do elevado cancelamento de voos devido às restrições provocadas pela pandemia — por vezes de forma inesperada —, mas também da redução abrupta de trabalhadores no serviço ao cliente, devido ao emagrecimento imposto por um plano de reestruturação que aguarda ainda luz verde de Bruxelas. Uma tempestade perfeita que está a provocar danos na relação com o cliente.
A transportadora terá perdido cerca de metade dos trabalhadores que tinha no call center desde o início da pandemia, em março de 2020. O serviço de apoio ao cliente era feito sobretudo por trabalhadores com contratos a prazo e estes foram os primeiros a ser dispensados. Fontes sindicais ouvidas pelo Expresso estimam que não terá sido renovado o contrato de entre 100 a 150 trabalhadores nesta área, que tem sido uma das mais afetadas pelos cortes. As chamadas são constantes e não param de crescer. Do outro lado da linha há cada vez menos quem atenda. Há centenas de chamadas que não são atendidas diariamente.
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