
Há empresas em Portugal a testar a semana de trabalho mais curta. Avaliação é positiva. Economistas apontam ganhos de produtividade, mas transição para este modelo é problemática no país. A sexta-feira é o novo sábado?
Há empresas em Portugal a testar a semana de trabalho mais curta. Avaliação é positiva. Economistas apontam ganhos de produtividade, mas transição para este modelo é problemática no país. A sexta-feira é o novo sábado?
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Jornalista
O conceito não é novo, mas a pandemia relançou o debate. A Islândia está rendida ao modelo. Espanha, Alemanha, Japão e Nova Zelândia já testam a possibilidade de reduzir a semana de trabalho para as 32 horas em quatro dias. Em Portugal, algumas empresas já dão passos tímidos na mesma direção. Os ganhos para o trabalhador em matéria de conciliação e motivação são evidentes. Os economistas também apontam impactos positivos na produtividade. O problema está na forma de passar da semana de cinco dias para a de quatro. Quem paga o ajustamento? Num país de baixos salários e tecido empresarial frágil, levantam-se muitas reticências.
Desde agosto que os trabalhadores da tecnológica Feedzai e da consultora Doutor Finanças trabalham apenas quatro dias por semana. A PwC dá desde maio aos seus quadros a possibilidade de gozar alguns fins de semana prolongados, tirando as tardes de sexta-feira de folga. E na New Work, que desenvolve soluções para o equilíbrio trabalho-família, quem quiser também já pode trabalhar menos horas por semana. Os modelos escolhidos são distintos, mas todos tentam uma aproximação a uma semana de trabalho mais curta e aos benefícios que muitos já lhe reconhecem.
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