"Os trabalhadores da CGD mostraram hoje (segunda-feira dia 9 de agosto) a sua indignação à Administração pela forma completamente insensível como estão a ser tratados, relativamente à revisão da tabela salarial e ao assédio que sobre eles recai e que se reveste de várias formas", refere o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa (STEC).
Ao Expresso, Pedro Messias, afirma que "há agências fechadas, com apenas o responsável máximo lá dentro, que não podem por isso abrir ao público". Nas primeiras horas da manhã o feedback "é muito positivo", remata o sindicalista.
Pedro Messias referiu ainda ao Expresso que a razão principal da greve se deve "ao comportamento da CGD no processo de negociação salarial que propusemos desde janeiro". Ou seja, o silêncio total sobre o aumento de 2%. Refere ainda que "entre 2017 e 2020, no âmbito do plano de reestruturação da CGD saíram do banco 2300 trabalhadores" e que "as agências têm um quadro deficitário de trabalhadores". E que "face aos lucros da Caixa no primeiro semestre, quase 300 milhões de euros (294 milhões) não há um problema de economia, nem falta de dinheiro".
Segundo sindicato a "greve está a ser um êxito"
No comunicado é ainda referido que "apesar das pressões e ameaças, das transferências à pressa para substituir os trabalhadores em greve, muitas dezenas de agências estão encerradas, muitas outras dezenas estão abertas, mas de porta fechada, apenas com a gerência, sem efetuar operações e só para se dizer e contabilizar que estão abertas, outras ainda estão a funcionar com base em estagiários que não podem fazer greve"
Mais o sindicato adianta que a administração da CGD "tudo tem feito para minimizar a adesão à greve, não permitindo sequer a marcação de greve aos trabalhadores que, estando de férias, manifestaram vontade de aderir à mesma, não permitindo ainda informar os clientes que o encerramento das Agências se deve à greve".
Os trabalhadores da Caixa, segundo o Sindicato, revelam com a adesão a esta greve que " não estão dispostos a abdicar dos seus direitos", que "o aumento salarial é mais do que justo face aos lucros da CGD", e que "os trabalhadores dão todos os dias a cara pela empresa e exigem ser tratados como pessoas e não como números".
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