Economia

NOS vai investir 12 milhões de euros em 2022 para construir rede 5G na Madeira

NOS vai investir 12 milhões de euros em 2022 para construir rede 5G na Madeira
SERGIO PEREZ/Reuters

Em 2022 serão investidos mais cerca de 12 milhões de euros para construir a rede 5G na Madeira, depois de nos últimos quatro anos a NOS já ter investido aproximadamente 28 milhões

A NOS investiu nos últimos quatro anos cerca de 28 milhões de euros para dotar a Madeira de uma das redes de comunicações mais avançadas do país e vai gastar mais 12 milhões de euros na implementação do 5G no arquipélago.

"Nos últimos quatro anos investimos cerca de 28 milhões de euros na Madeira com o objetivo de implementar as redes de futuro e temos na Madeira uma rede fixa e rede móvel preparada para 5G [quinta geração]", disse o diretor executivo da NOS, Manuel Ramalho Eanes.

O responsável da operadora deslocou-se à Madeira para inaugurar o novo data center da empresa na região, que representou um investimento de 500 mil euros.

Falando sobre o "passado, presente e futuro" da NOS na Madeira, salientou que os investimentos feitos visam "dotar a região das mais avançadas redes de comunicações do país e para garantir também o seu desenvolvimento económico e social" do arquipélago.

O diretor executivo apontou que vão ser investidos, em 2022, "mais cerca de 12 milhões de euros para construir a rede 5G na Madeira", visando a empresa ter "serviços, produtos e inovação que impactem de forma material quer as famílias, empresas e instituições".

Sobre o novo data center, considerou que "é um marco tecnológico muito relevante" e é "demonstrador da ambição de liderar a transformação digital dos portugueses, em especial dos madeirenses".

Também mencionou que este investimento vem renovar uma infraestrutura que tinha 37 anos, tendo sido construído de raiz, "com toda a tecnologia associada a um novo paradigma digital inteligente" que tem de ser preparado face à renovação da geração móvel (5G).

O novo data center "permite reforçar toda a oferta de serviços e tecnologia para as empresas da região", dispõe de "300 metros quadrados de espaço para oferecer à região, com serviços dos mais modernos e eficientes" neste tipo de infraestruturas.

Manuel Ramalho Eanes ainda salientou que um dos aspetos da construção foi a "solução energética que garante uma poupança na ordem dos 28% face aquilo que seria uma construção mais tradicional".

No que diz respeito ao futuro, apontou que a operadora pretende "firmar os compromissos com a Madeira", "continuar a ser um sólido e verdadeiro parceiro", um "motor de vanguarda" tendo em conta a "revolução tecnológica" que se avizinha e contribuir para que esta região "possa marcar o seu lugar no mapa dos 5G".

"Estamos perante desafios gigantescos para o futuro e a revolução digital significa para a região uma grande vantagem competitiva", afirmou, por seu turno, o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.

"A Madeira pode afirmar-se no campo das novas tecnologias como qualquer região central na Europa ou centro de grande metrópole", considerou.

O governante insular apontou que, os dados relativos a 2019, indicam que a região tem 27 das mais importantes empresas tecnológicas, as quais registaram um volume de negócios na ordem dos 80 milhões de euros.

"Isso significa que, neste momento, a nossa aposta é a renovação digital e captação de talentos no quadro de fixação de empresas e inovação na Madeira", sublinhou Albuquerque, dando como exemplo o "trunfo" que tem sido a vinda dos nómadas digitais.

O chefe do executivo madeirense realçou que "agora o desafio é a região avançar, em parceria com as principais empresas, na criação de centros de pesquisa e investigação relativamente à evolução previsível das novas tecnologias", apontando que são esperadas "mudanças brutais" nos próximos cinco anos, "sobretudo através da utilização da inteligência artificial e sensores"

"A Madeira quer estar na linha da frente", concluiu.

O diretor da NOS Madeira, Ricardo Cardoso, comparou o trabalho realizado para a requalificação do novo data center da Madeira a "mudar os reatores de um avião com a aeronave a voar" para não afetar os clientes.

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