Economia

EDP junta-se à TechnipFMC para estudar hidrogénio verde a partir de eólicas offshore

Objetivo da EDP e Technip é estudar a viabilidade técnica e económica do hidrogénio verde produzido a partir de energia eólica no mar.
Objetivo da EDP e Technip é estudar a viabilidade técnica e económica do hidrogénio verde produzido a partir de energia eólica no mar.
D.R.

Projeto, que já assegurou financiamento comunitário, vai explorar o potencial da produção de hidrogénio verde no mar, estudando a sua viabilidade técnica e económica

EDP junta-se à TechnipFMC para estudar hidrogénio verde a partir de eólicas offshore

Miguel Prado

Editor de Economia

A EDP e a multinacional de engenharia TechnipFMC juntaram-se num consórcio para estudar o potencial da produção de hidrogénio verde a partir do mar, com recurso a energia eólica offshore.

A iniciativa abrange ainda outras instituições, como a universidade norueguesa USN e os os centros de investigação portugueses CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento e WavEC - Offshore Renewables.

O objetivo é "desenvolver um estudo conceptual para avaliar a viabilidade técnica e económica de uma nova plataforma offshore para produção de hidrogénio verde com recurso a energia eólica".

O novo projeto, designado "Behyond" vai incluir a integração de equipamentos para produção e armazenamento de hidrogénio verde e uma infraestrutura que permita o seu transporte até à costa, explica a EDP em comunicado.

"Pelo carácter inovador, este projeto foi escolhido para ser apoiado pelo Programa Crescimento Azul do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants)", refere a empresa.

O estudo, que irá durar 12 meses, tem um orçamento de 665 mil euros, dos quais 447 mil euros serão suportados por fundos comunitários.

A EDP, através da participação da EDP NEW e da EDP Inovação, é a coordenadora do projeto e a responsável pela implementação de várias fases, nomeadamente a avaliação estratégica do mercado offshore eólico-hidrogénio, a definição de casos de negócio e a avaliação da inovação tecnológica que será necessária para possibilitar a entrada destas soluções no mercado.

“O projeto Behyond vai permitir à EDP adquirir conhecimento para entrar em novos mercados com claras sinergias com o negócio atual. O hidrogénio verde, produzido a partir de fontes de energia renováveis e sem qualquer emissão de CO2, é um potencial impulsionador no esforço mundial de descarbonização, ao mesmo tempo que atenua a variabilidade das energias renováveis offshore e aumenta a flexibilidade do sistema energético”, afirma Ana Paula Marques, administradora executiva da EDP.

Jonathan Landes, presidente do departamento submarino da TechnipFMC, afirma que a empresa tem “as competências e conhecimentos necessários para acrescentar valor a este estudo” por ter “décadas de experiência em assuntos submarinos”

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