A EDP Comercial, maior comercializador de eletricidade em Portugal, afirma que, apesar do disparo dos preços grossistas da energia, não vai fazer qualquer revisão das suas tarifas para clientes residenciais a meio do ano, ao contrário do que vai suceder no mercado regulado, com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) a determinar uma subida de 3% a partir de julho.
"A EDP Comercial tem como princípio garantir uma política de estabilidade e previsibilidade aos seus clientes residenciais, mantendo preços da eletricidade inalterados ao longo do ano. Assim, e apesar de os preços grossistas estarem a subir de forma significativa, devido ao aumento do preço do gás e das licenças de CO2, não está prevista qualquer alteração nos preços pagos pelos nossos clientes em 2021", esclareceu esta segunda-feira a empresa liderada por Vera Pinto Pereira.
A posição surge depois de a ERSE avançar com uma atualização intercalar das tarifas transitórias (aplicáveis aos 954 mil clientes que ainda estão no mercado regulado, fornecidos pela SU Eletricidade, a antiga EDP Serviço Universal).
Esta atualização (com um agravamento médio de 3%) visa evitar um défice tarifário excessivo no decurso de 2021 que leve a aumentos mais expressivos no ano seguinte.
A EDP Comercial opta, assim, por não refletir de imediato o agravamento do preço grossista da eletricidade na sua base de clientes, deixando para o início de 2022 a revisão dos seus tarifários para consumidores residenciais.
A empresa já tem, segundo o simulador da ERSE, um dos tarifários mais competitivos do mercado liberalizado, abaixo dos preços das tarifas reguladas. Além da EDP Comercial, também a Goldenergy, Iberdrola, Endesa, Galp, Coopérnico, ENAT, EZU e Luzboa apresentam atualmente tarifários mais competitivos que os preços regulados.
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