Antigo braço direito de Nuno Vasconcellos na Ongoing, Rafael Mora afirma que não consegue identificar a dívida de 600 milhões ao BES, e cita empréstimos para operações que ascendem a 404 milhões. E apelida de "aborto" a fusão falhada da PT com a brasileira Oi
Rafael Mora, número dois da Ongoing, afirmou esta quarta-feira em Comissão Parlamentar de Inquérito ao Novo Banco, que não consegue identificar a dívida de 600 milhões euros ao BES. E aponta um a um os créditos que diz conhecer: 200 milhões de euros para comprar as ações da PT, 24 milhões de euros para comprar os extintos Diário Económico e o Semanário Económico, 80 milhões de euros para comprar o grupo de media brasileiro Ejesa e 100 milhões de euros para a compra da Real Time Corporation. Tudo junto soma uma dívida de 404 milhões de euros.
O gestor espanhol defende que pessoalmente não tem qualquer dívida para com o Novo Banco porque não era acionista do Grupo Ongoing. "Quem era o responsável pela relação com BES era o dr. Nuno Vasconcellos... Eu trabalhei com um acionista que tinha dono", frisou. E voltou a reafirmar que era Nuno Vasconcellos que geria os créditos com o BES e toda a área financeira.
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