Economia

EDP Renováveis entra no Chile

EDP Renováveis entra no Chile
Yuhan Liao/Getty Images

Empresa portuguesa adquiriu projetos eólicos e solares neste mercado sul-americano, onde irá ainda estar atenta a oportunidades na área do hidrogénio verde

EDP Renováveis entra no Chile

Miguel Prado

Editor de Economia

A EDP Renováveis entrou no mercado do Chile, comprando duas carteiras de ativos de energias limpas às empresas Atacama Energy Holdings e Lader Energy Chile, que permitirão ao grupo português ter acesso a 628 megawatts (MW) de projetos eólicos e solares naquele país.

Por estas carteiras de projetos a EDP acordou pagar até 38 milhões de dólares. Caberá depois ao grupo investir o valor associado à construção dos parques. Um primeiro, em fase mais avançada, é um parque eólico com 77 MW, que tem um contrato de venda de energia válido por 20 anos e que deve começar a produzir em 2023.

A carteira de ativos inclui ainda 551 MW de projetos em desenvolvimento, incluindo dois projetos eólicos com um total de 297 MW e um projeto solar de 254 MW, que participarão nos próximos leilões regulados e no mercado de contratos de aquisição de energia no Chile, pretendendo entrar em operação até 2025.

Na América do Sul a EDP Renováveis já estava presente no Brasil e Colômbia, acrescentando agora o Chile, onde olhará também para o potencial da produção de hidrogénio verde.

"O setor elétrico chileno é de dimensão relevante e é ainda altamente dependente da geração térmica, que atualmente representa cerca de 50% da geração. Relativamente a renováveis, o Chile tem fontes fundamentais tanto para vento como para solar e um quadro regulatório estável", nota a EDP em comunicado ao mercado.

"Adicionalmente, o Chile definiu planos ambiciosos para acelerar a transição para energia renovável, com um plano nacional para atingir 20% da sua energia vinda de fontes renováveis não-hídricas até 2025, 60% até 2035 e 70% até 2050, e tem ainda potencial para o desenvolvimento de projetos de hidrogénio verde de grande escala, dando ao país um potencial de crescimento em renováveis atrativo a longo prazo", refere ainda a EDP Renováveis.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mprado@expresso.impresa.pt

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