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Luís Filipe Vieira: a história de um dos grandes devedores do Novo Banco em cinco capítulos

Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica
Luís Filipe Vieira, ex-presidente do Benfica
tiago Miranda

Promete ser, esta segunda-feira, uma das mais mediáticas audições da comissão de inquérito do Novo Banco. Luís Filipe Vieira é o rosto da mais duradoura presidência do Benfica, mas também da pesada herança do Novo Banco com a elevada exposição do BES aos negócios da construção. Eis o que aconteceu

Luís Filipe Vieira: a história de um dos grandes devedores do Novo Banco em cinco capítulos

Miguel Prado

Editor de Economia

Há 20 anos Luís Filipe Vieira, um bem sucedido empresário no ramo dos pneus, trocava o Alverca pelo Benfica e deixava a construtora Obriverca para seguir com um negócio próprio de promoção imobiliária, recauchutando uma empresa criada como Interpisos e renomeada Inland.

Os primeiros anos, alavancados em financiamento bancário, sobretudo do BES, foram bem sucedidos. Arquitetos de renome eram contratados para desenhar empreendimentos de prestígio. Muitos negócios foram feitos. Mas o grupo imobiliário de Vieira, a Promovalor, foi acumulando prejuízos. Os anúncios de projetos avançavam, mas a demonstração de resultados não saía do vermelho. Era como um avançado que driblava veloz pelo relvado, fintando metade da equipa adversária e na hora decisiva, em frente à baliza, rematava para a bancada. Uma vez. E outra. E outra.

A pesada dívida contraída para comprar terrenos em Portugal, Espanha, Brasil e Moçambique foi rolando e em 2014 a "batata quente" passou do BES para o Novo Banco, sem que a Promovalor conseguisse converter em lucros a ambição que nos primeiros anos se materializou num condomínio de luxo perto do Chiado, em Lisboa, num hotel e num edifício de escritórios no Parque das Nações, e num "resort" com um hotel Sheraton em Recife, no Brasil.

Luís Filipe Vieira terá a sua própria explicação do que aconteceu e como aconteceu, e a oportunidade para o fazer, publicamente, será esta segunda-feira, em audição na comissão parlamentar de inquérito sobre o Novo Banco. Os seus negócios começam bem lá atrás, na década de 1970. Eis o que aconteceu desde então.

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