O impacto da Cimeira Europeia na hotelaria do Porto. "Meia dúzia de quartos de hotel reservados"
Nos hotéis portuenses a cimeira que prometia ser grande "sabe a pouco". "É tudo muito virtual", sublinha Luís Pedro Martins, presidente do Turismo
Nos hotéis portuenses a cimeira que prometia ser grande "sabe a pouco". "É tudo muito virtual", sublinha Luís Pedro Martins, presidente do Turismo
Jornalista
A Cimeira Social do Porto arranca sexta-feira do Porto, mas o impacto do evento na hotelaria da cidade "reduz-se a meia dúzia de quartos reservados", adianta ao Expresso Condé Pinto, presidente executivo da APHORT - Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo depois de uma ronda pelos principais associados na cidade.
"Não é um fim de semana gordo para o sector. São apenas alguns quartos em hotéis de cinco e quatro estrelas", diz o dirigente associativo sem manifestar qualquer surpresa depois deste balanço. "Já estávamos conscientes de que boa parte do que vai acontecer será digital, à distância, devido à pandemia", sublinha.
"Nesta fase, continua a ser tudo muito virtual", concorda Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal. Aliás, adianta, "vai acontecer o mesmo com o Fórum da Sustentabilidade", a 14 e 15 de maio, também no Porto. "A indicação que temos é de que virão muito poucas pessoas até cá", acrescenta.
É verdade que nesta fase, "qualquer coisa que mexa é bem vinda, mas mesmo assim sabe a pouco", refere, sem esquecer, no entanto, que "há um impacto poisitivo considerável" para retirar do ponto de vista da comunicação e da imagem da cidade.
A presidência portuguesa do Conselho da UE espera cerca de uma centena de participantes na Cimeira do Porto, sexta-feira e sábado, dividida entre uma conferência, na sexta-feira, na Alfândega do Porto, que junta líderes políticos e institucionais, parceiros sociais e sociedade civil, e o Conselho Europeu informal, no sábado, no Palácio de Cristal, momento em que Portugal espera garantir um compromisso político com a agenda social europeia.
Para já, sabe-se que faltarão 3 chefes de estado europeus, a começar pela chanceler alemã, Angela Merkel, que optou por participar por videoconferência devido à pandemedia. tal como o primeiro-ministro holandês, Mark Rute.
O primeiro-ministro de Malta, Robert Abela, de quarentena, depois da mulher ter testado positivo para a covid-19, é a terceira ausência entre os 27 líderes europeus.
Narendra Modi, primeiro-ministro da Ìndia também não vem ao Porto para o encontro UE/Índia, que deverá terminar com uma declaração conjunta com o primeiro ministro António Costa e os presidentes do Parlamento Europeu, David Sassoli, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Também devido à pandemia, o programa social tornou-se inviável. Há, no entanto, espaço para uma Sessão Solene de Boas Vindas aos líderes europeus na Câmara do Porto, onde Rui Moreira recebe o primeiro-ministro e presidente do Conselho da União Europeia, António Costa, Ursula von der Leyen, David Sassoli e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
Na cerimónia, está prevista a assinatura do livro de honra da cidade, mas há também um momento musical a cargo do projeto social da Orquestra Juvenil de Bonjóia, que vai tocar o hino da União Europeia (9ª Sinfonia de Beethoven) e serão entregues as medalhas de honra da cidade aos presidentes da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mmcardoso@expresso.impresa.pt