Economia

Região da grande Lisboa concentrou quase metade do emprego em teletrabalho

Região da grande Lisboa concentrou quase metade do emprego em teletrabalho
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Entre abril a dezembro do ano passado, 15,6% da população empregada em Portugal esteve em teletrabalho, indicam os dados do Instituto Nacionald e Estatística. Entre as várias regiões do país, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) registou a proporção mais elevada (27,9%), concentrando 48% da população empregada em teletrabalho do país

O teletrabalho passou a ser uma realidade para muitos trabalhadores portugueses, na sequência da pandemia de covid-19, mas o seu alcance tem sido muito diferente nas várias regiões do país, indicam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), publicados esta sexta-feira.

Entre abril e dezembro do ano passado, 15,6% da população empregada em Portugal esteve em teletrabalho (média dos três últimos trimestres), indica o INE, destacando que entre as sete grandes regiões do país (denominadas NUTS II), a Área Metropolitana de Lisboa (AML) registou a proporção mais elevada, chegando aos 27,9% do total do emprego na região.

Mais ainda, a AML concentrou 48% da população empregada em teletrabalho de todo o país.

Nas restantes regiões, a proporção de população em teletrabalho foi inferior à média nacional, situando-se abaixo dos 9% nas regiões autónomas, indica o INE.

O que explica estas diferenças e o grande peso de Lisboa nos números do teletrabalho? O INE aponta que a "diferente expressão territorial do teletrabalho está associada às diferenças das estruturas produtivas regionais". Ou seja, prende-se com o peso diferente dos vários ramos de atividade em cada região, já que "o teletrabalho pode não ser compatível com o exercício de diversas atividades profissionais", lembra o INE.

Assim, a diferenciação do teletrabalho por ramo de atividade económica, para o total do país, permite verificar que, no período em análise, mais de dois terços (66,9%) da população empregada em Atividades de Informação e Comunicação se encontrava em regime de teletrabalho. Seguem-se as Atividades financeiras e de seguros, com 47,6% da população empregada neste ramo em teletrabalho; as Atividades de consultoria, científicas, técnicas e similares; atividades administrativas e dos serviços de apoio (32,5%); as Atividades imobiliárias (29,2%); e a Administração pública e defesa; segurança social; educação; saúde humana e ação social (21,1%).

Já os ramos de atividade económica relativos à Construção (4,4%) e ao Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos; transportes e armazenagem; Atividades de alojamento e restauração (7,4%) apresentaram, por sua vez, menores valores neste indicador, aponta o INE.

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