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Economia

"Isto é mesmo o pior dos filmes de terror. E no formato de uma longa metragem, daquelas mesmo más, que parecem não ter fim"

Nuno Rocha, gerente de 5 restaurantes em Matosinhos, numa nova edição do Diário de um Gestor em Apuros, um ano depois de ter falado ao Expresso
Nuno Rocha, gerente de 5 restaurantes em Matosinhos, numa nova edição do Diário de um Gestor em Apuros, um ano depois de ter falado ao Expresso
Rui Duarte Silva

A citação é de Nuno Rocha, empresário da restauração em Matosinhos. Um ano depois de ter sido protagonista do Diário de um Gestor em Apuros e ter dito ao Expresso “Isto parece um filme de terror de Hollywood”, admite que a evolução do negócio “conseguiu ser bem pior do que já previa”. “Estou exausto”, confessa. “Mas continuo disposto a lutar para vencer o teste mais difícil da minha vida de empresário”, acrescenta de imediato.

.A voz é o primeiro sinal de alerta. Os dias, as semanas, os meses, têm sido certamente difíceis, desgastantes, e isso reflete-se no ritmo e no tom de cada palavra de Nuno Rocha, gerente de cinco restaurantes em Matosinhos onde passa os dias em permanente adaptação à sucessão de regras e indicações impostas pelo combate à pandemia de covid-19.

A nível pessoal continua fiel à sua regra número um: “ir trabalhando, conforme nos deixam. Resistir”, declara. Já quanto ao resto, “tudo evoluiu bem pior do que tinha antecipado”, admite. “Previa manter os 100 postos de trabalho e já somos apenas 88. Esperava uma quebra de 20% no volume de negócios (€ 3 milhões em 2019) e a derrapagem passou os 40%. Estava decidido a ficar longe das linhas de crédito, mas acabei por recorrer aos apoios para PME. Pedi €500 mil euros no final do verão para cumprir obrigações fiscais, pagar salários, aguentar os prejuízos do ano, estar preparado para o que iria ter pela frente. Joguei na antecipação”, explica.

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