Nos últimos anos, reformaram-se por velhice em Portugal uma média de 91.600 pessoas por ano. Um número que indica o universo que pode vir a beneficiar com a esperada redução da idade da reforma em 2023 - seja por terem de trabalhar menos tempo, seja por terem um corte menor caso se reformem antecipadamente - e que o primeiro-ministro já sinalizou esta semana no Parlamento
Primeiro, foram os especialistas a apontar como provável uma descida da idade da reforma em 2023, por causa da redução da esperança de vida aos 65 anos, associada ao acréscimo de mortalidade nos escalões etários mais velhos na sequência da pandemia de covid-19. Esta semana, foi a vez do primeiro-ministro apontar no mesmo sentido.
Confrontado no Parlamento com a subida da idade de acesso à pensão de velhice em 2022, António Costa afirmou que "de acordo com as previsões recentes sobre o desempenho da economia no ano transato, no próximo ano [2022] a mesma fórmula vai ter o efeito inverso de reduzir a idade da reforma. Essa é a formula e devemos manter essa estabilidade que é essencial para a estabilidade do sistema de Segurança Social". Uma descida que, tendo em conta o número médio de novas pensões de velhice em Portugal nos últimos anos, pode vir a beneficiar mais de 90 mil pessoas, seja por terem de trabalhar menos tempo até atingirem a idade prevista na lei para se reformarem sem cortes, seja por sofrerem um corte menor no valor da pensão, no caso das reformas antecipadas.
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