Economia

Queixas por reembolsos disparam em ano de pandemia

Queixas por reembolsos disparam em ano de pandemia
MIGUEL A. LOPES/LUSA

O reembolso por viagens canceladas motivou mais de 1500 queixas no ano passado. Em 2019 foram registadas apenas 19 reclamações

No ano passado, as reclamações feitas pelos passageiros das companhias aéreas diminuíram 16% face a 2019, num total de 10.680, mas as queixas sobre reembolsos dispararam. Nos anos anteriores, as reclamações referentes aos reembolsos não eram significativas e, por exemplo, em 2019 a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) registou apenas 19 queixas. Já no ano passado, foram feitas 1564 queixas, segundo os dados da ANAC, analisados pelo "Jornal de Negócios".

No seu relatório, a ANAC refere que "os efeitos deste contexto pandémico se mantêm, com as consequentes repercussões na atividade das transportadoras aéreas, incluindo o cancelamento de voos e os daí resultantes pedidos de reembolso dos bilhetes". Uma das consequências desta pandemia, diz a ANAC, é a alteração "da composição e da ordenação dos três motivos mais invocados pelos passageiros". Apesar de o cancelamento de voo continuar no topo das reclamações - foram mais de três mil -, o "atraso com perda de ligação ou ligações" deixou de ser uma das principais queixas, sendo substituída pelos reembolsos.

Tendo em conta todas as reclamações registadas pela ANAC no ano passado, a TAP, a Ryanair e a Sata Internacional foram as três empresas que receberam mais reclamações. As companhias aéreas portuguesas tiveram uma quebra de 19,5% face a 2019 e as companhias internacionais viram este número aumentar mais de 50%.

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